sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Professora Nádia Fernanda lança livro sobre padre Dâmaso


Professora Nádia Fernanda. Foto: Karina Dantas/Adufal
A professora aposentada e associada da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Nádia Fernanda Maia de Amorim, lançou, na tarde desta quarta-feira (28), o livro “Padre Alfredo Pinto Dâmaso: Guerreiro do bem e escritos esparsos”, obra que conta a história de seu tio-avô por uma perspectiva diferente e próxima.

O evento, que ocorreu no auditório da Sede da Adufal, no bairro do Farol, contou com a presença de diversos amigos da autora, bem como do presidente da Adufal, professor Jailton de Souza Lira, que saíram do recinto com um exemplar do livro, presenteados pela 
professora Nádia. “Aquilo que a gente muito ama não se vende, se doa”, explicou.


Nádia tem 73 anos e é professora aposentada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), antropóloga com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP) e já lançou vários livros durante sua carreira profissional, mas este ela considera ser um dos mais especiais.
“Eu fiz esse livro com o resto das minhas forças, coloquei informações importantes colhidas ao longo da minha vida. Não é um livro acadêmico, é um livro panorâmico para todos os públicos”, disse a autora.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Gregory Peck é o herói que vem do Leste

Gregory Peck, ator principal do filme "Da Terra Nascem os Homens"
"Da Terra Nascem os Homens" não é exatamente uma incursão de William Wyler pelo Oeste. O que ele faz é, antes, uma excursão: passeio sem compromisso a um lugar ao qual se permanece alheio.A situação do filme tem bastante a ver com essa definição. Gregory Peck é um homem do Leste, um comandante de navio que chega para casar com Carroll Baker.Ali encontra é uma situação de conflito: seu futuro sogro tenta impedir que um vizinho de maus bofes use a água de uma outra propriedade (de Jean Simmons) para aliviar a sede de seu gado.Em outro nível, Peck defronta-se com um território em que os homens devem, a todo instante, demonstrar que (e quanto) são homens. Peck recusa esse jogo machista, para grande desgosto da noiva (Carroll Baker).

A história comporta momentos interessantes. O melhor deles é, sem dúvida, quando Peck sai por um território que não conhece, munido de sua bússola. Todos pensam que está perdido. Esquecem-se que o espaço do marinheiro é diferente do de um caubói.
A partir daí já estarão lançados os princípios da trama que virá. Trata-se de um faroeste para quem não gosta de faroestes. A noção que se faz do Oeste é basicamente ilustrativa: mostra um espaço ao qual o filme não está integrado e nem quer se integrar.
"Da Terra Nascem os Homens" maneja os princípios do "western" psicológico e ao mesmo tempo endereça-se essencialmente às mulheres. 

Sua questão central não é o comportamento masculino (embora passe por aí), mas como as mulheres devem se comportar em face de seus amados: devem vê-los como heróis, mesmo quando não parecem ser.Embora o aparato psicológico possa impressionar à primeira vista, deter-se sobre ele é o mesmo que se decepcionar. O homem padrão da história, Gregory Peck, é de uma perfeição heróica que chega à monotonia.

O filme é, nesse sentido, a negação do faroeste, um gênero constituído sobre a imperfeição dos homens, sobretudo a dos heróis. Requenta o mito do heroísmo (leitura limitada do gênero) e o aplica a um cenário que está ali para ser apenas isso mesmo: um cenário, não um espaço de luta.

Filme: Da Terra Nascem os Homens (The Big Country)
Produção: EUA, 1958, 165 min.
Direção: William Wyler
Elenco: Gregory Peck, Charlton Heston, Jean Simmons, Carroll Baker, Burl Ives

Inácio Araújo - Redação

Folha: www1.folha.uol.com.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Ganga Zumba, Rei do Quilombo dos Palmares


Ganga Zumba (1638-1678) foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares, um dos muitos quilombos da era colonial no Brasil que servia como abrigo aos escravos fugitivos.
Ilustração representando Ganga Zumba
Biografia

Ganga Zumba era filho da princesa Aqualtune e irmão de Sabina, a mãe de Zumbi dos Palmares.Nascido no Reino do Congo foi capturado e vendido como escravo no Brasil. Consegue fugir da fazenda com alguns companheiros e se dirigem para um dos mocambos, núcleos onde os negros refaziam sua vida ao escapar do cativeiro.
Cada mocambo era liderado por um parente ou chefe de confiança. Apesar de Ganga Zumba ter sido proclamado rei do lugar, as decisões importantes era tomadas por um colegiado, na presença de todos os líderes.Isto era a reprodução da organização social que os negros conheciam na sua terra natal, Angola.

Devido às fugas de escravos, sejam elas planejadas ou espontâneas, a população do quilombo cresce. Desta maneira, as investidas contra o quilombo aumentaram tanto no período de dominação holandesa quanto com os portugueses.
Sendo assim, era necessário acabar com o Quilombo dos Palmares para recuperar a mão de obra escrava e para que o exemplo não se espalhasse pela colônia.
Deste modo, Ganga Zumba enfrenta vários ataques derrotando os portugueses com o sistema de guerrilhas atacando-os pela retaguarda.
Também sofreu reveses que destruíram parte da produção agrícola dos mocambos. Numa dessas batalhas, alguns dos seus filhos e sobrinhos foram presos.
Em 1678, o governador Pedro de Almeida liberta alguns parentes que levam a Ganga Zumba uma proposta de paz. Os quilombolas se mudariam para o Vale do Cacaú e não deveriam aceitar mais escravos fugidos das fazendas.
A proposta divide os líderes dos mocambos no Quilombo dos Palmares. Vários líderes, como Zumbi, não aceitam o tratado e desejam continuar a lutar. Outros, cansados das batalhas, apoiam a Ganga Zumba.
Sem conseguir chegar à unanimidade, parte dos moradores decide abandonar o quilombo, enquanto outro grupo permanece ali. A liderança da comunidade, agora, é assumida por Zumbi.
Ao chegar no Vale do Cacaú, Ganga Zumba percebe que foi enganado. As terras não eram boas para o cultivo e os moradores não teriam direito a circular livremente, além de estarem vigiados.
A morte de Ganga Zumba é incerta. Alguns estudiosos afirmam que teria sido morto por um aliado de Zumbi, outros apontam que foram seus próprios liderados que o teriam assassinado. Igualmente, há quem sustente que ele suicidou-se ao se dar conta que tinha sido ludibriado pelo governador.

Curiosidades

·         A vida de Ganga Zumba foi transformada em filme por Cacá Diegues, em 1964. O roteiro se baseou no livro do historiador João Felício dos Santos que havia sido premiado pela Academia Brasileira de Letras.
·         O Quilombo dos Palmares era chamado de Angola Janga, "Angola Pequena" em bantu.
·          
Por  Juliana Bezerra, Professora de História

Fonte: www.todamateria.com.br

terça-feira, 20 de novembro de 2018

A MISTERIOSA INFÂNCIA DE ZUMBI DOS PALMARES


Tese de que o líder negro foi criado por um padre português chamado Antônio Melo divide opiniões

A infância de Zumbi dos Palmares é repleta de controvérsias. Foto:Pixabay
Em um final de tarde de 3 de dezembro de 1655, o padre português Antônio Melo trancou sua igreja na cidade de Porto Calvo, à época na Capitania de Pernambuco, hoje pertencente ao estado de Alagoas, e começa a atravessar a rua de terra batida que o separava da praça principal da pequena cidade. Mas, antes de chegar ao outro lado, parou, surpreendido pelo ruído de cavalos.
Homens mal-encarados e armados de flechas, espadas e pistolas apearam de seus cavalos. Junto com eles, uns poucos negros acorrentados, com feridas abertas por todo o corpo. Cabisbaixos, olhavam para o chão com olhos vazios. Já seus algozes tinham a arrogância típica dos capitães do mato, os violentos caçadores de escravos fugitivos.
O padre Melo ficou ainda mais nervoso quando viu o capitão Brás da Rocha Cardoso, herói da guerra contra os holandeses, encerrada um ano antes, que caminhava em sua direção segurando um embrulho de panos impregnado de todos os marrons da estrada. Sem beijar a mão ou pedir bênçãos, o capitão disse, seco: “Essa cria é sua, padre. Pegamos nos Palmares dos pretos e não temos serventia para ele. Faz dele o que o senhor achar melhor”.
O “Palmares dos Pretos”, sobre o qual Cardoso se referiu, era o Quilombo dos Palmares, local que foi abrigo para escravos fugidos dos engenhos de cana nordestinos. O padre desembrulhou os panos empoeirados e se compadeceu na mesma hora da criança, nascida havia poucos dias.

Mistério

Tão logo os capitães do mato e seus presos partiram, padre Antônio Melo sentou-se ao pé da igreja, olhou a criança e decidiu: “Vai chamar-se Francisco, é o santo do dia”.
O tempo passou e Francisco, já adolescente, lia, escrevia, falava latim e português, interessava-se pelas estratégias do jogo do xadrez, ajudava nas missas como coroinha e, nas palavras do próprio padre, demonstrava “engenho jamais imaginável na raça negra e que bem poucas vezes conheci em brancos”. Era um garoto brilhante, porém recluso. Vivia imerso nas letras e não tinha amigos, além do padre.
Numa manhã de domingo de 1670, Antônio Melo resolveu ir até o quartinho do garoto. Preocupara-se porque seu pupilo, sempre pontual e dedicado, não apareceu para ajudar no serviço matinal. Surpreso, constatou que Francisco havia partido com suas poucas posses.
A única coisa que deixou para trás foi um bilhete, escrito a carvão: “Padre, agradeço por cada lição que o senhor me passou, mas meu sangue clama: tenho de unir-me a meus malungos de Palmares. Francisco”. Pouco depois, Zumbi se tornaria o líder absoluto do quilombo e seria o comandante na sua derradeira batalha contra a Coroa Portuguesa.

“História bonitinha”

“É bonitinha essa história, né?”, ironiza o sociólogo e historiador Jean Marcel Carvalho França, coautor de Três Vezes Zumbi. Escrito em parceria com o também historiador Ricardo Alexandre Ferreira, o livro destrincha a construção da imagem de Zumbi ao longo de três séculos. A ironia com que França trata a versão do coroinha guerrilheiro é dirigida ao pesquisador gaúcho Décio Freitas, autor do livro Palmares, a Guerra dos Escravos, no qual ele conta a pretensa infância de Francisco-Zumbi.
“Freitas transgride uma regra do meio historiográfico: se você apresenta uma notícia muito nova, tem de trazer uma documentação coetânea, um indício que comprove as suas acepções. Sobretudo, se elas são polêmicas, se elas escapam ao que você tem de expectativa, de senso comum”, afirma França.
É aí que mora o problema: Décio Freitas morreu em 2004, sem nunca apresentar alguma prova dessa versão. Em seu livro, ele afirma que teve acesso a extensa correspondência entre o religioso de Porto Calvo e outro padre português, a quem ele contava a criação do garoto quilombola. “Nesse caso específico, Décio Freitas teria que ter trazido as tais cartas”, critica França.
A versão do Zumbi coroinha teve adeptos, como o historiador Clóvis Moura, falecido um ano antes que Freitas, que em seu Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, publicado pela Edusp, a editora da Universidade de São Paulo, publica a versão da infância do menino Francisco na companhia do padre Antônio Melo, no verbete que dedica a Zumbi. Também Jorge Landmann, que em 1998 escreveu o romance histórico Troia Negra – A Saga dos Palmares, defende que as cartas do Padre Melo existem e estão guardadas na Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal.
O historiador Carvalho França tem uma explicação para o fato de essa versão de um Zumbi com educação formal e inteligência acima da média ter conquistado adeptos, mesmo sem apresentar evidências documentais consistentes.
Representação do Quilombo dos Palmares Wikimedia Commons

Segundo ele, na primeira metade dos anos 1970, época da publicação de Palmares, a Guerra dos Escravos, existia uma demanda por um herói romântico negro. E o protagonista de Décio Freitas é exatamente isso. “Primeiro, ele é naturalmente inteligente, esse é o traço romântico. É a primeira característica do herói. A segunda característica é a ideia de que o conhecimento ilumina. Ele vem, busca o conhecimento do branco e volta mais esclarecido. Ele leva a chama da liberdade.” Em posse dessa luz intelectual e moral, Zumbi comanda uma guerra dentro do quilombo contra o próprio tio, Ganga Zumba, depois que este assina um acordo de paz com os portugueses.
O restante da história de Zumbi é mais consensual entre os historiadores. Ele permaneceria na liderança do quilombo e resistiria a várias investidas das expedições lançadas contra a comunidade de negros libertos, na Serra da Barriga.
Em 1694, o quilombo foi invadido por forças lideradas pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho. O quilombo foi desarticulado e seus moradores presos e tornados escravos. Zumbi foi ferido e desapareceu. Quase dois anos depois, acabou capturado e morto. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública em Recife. Um selvagem recado para os escravos que sonhassem em rebelar-se contra seus senhores.


Em Angola, outro Francisco foi criado por um padre

O músico, ativista e professor Antônio José do Espírito Santo nunca gostou da ideia de que o sucesso do maior ícone negro da historiografia brasileira fosse atribuído a uma concessão do branco. Resolveu, então, fazer sua própria pesquisa. Voltou sobre os passos de Zumbi, num caminho inverso, de Palmares à África.
Espírito Santo não encontrou nenhuma confirmação para a tese de que Zumbi algum dia foi criado por um padre português ou que se chamou Francisco. Concluiu que a história do menino Francisco que volta para liderar os negros é bastante improvável.
Mas não impossível. Na verdade, houve de fato um menino nobre criado por um padre. Espírito Santo topou com essa história no que chama de “acaso fruto da pesquisa”: “Encontrei um manuscrito de um padre capuchinho, (Marcellino) d’Atri é o sobrenome dele. Essa figura descreve a história de um padre angolano que teria pegado o filho do rei dom Antonio I (o nome cristianizado de Vita-a-Nkanga), que perde a batalha e é decapitado”. O bebê Nkanga-a-Makaya é então levado para
Luanda, junto com o corpo do pai, e cresce sob a tutela dos capuchinhos que o batizam, curiosamente, de Francisco. Aos 20 anos, de volta ao Congo, ele afirmou que não almejava o trono porque era “português demais”.
Por Gabriel Rocha Gaspar


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Artesanato alagoano bate recorde de vendas durante feira em São Paulo

Durante cinco dias, artesãos e 17 entidades apresentaram toda a beleza e riqueza do artesanato alagoano. Foto: Divulgação/Sedetur

Artistas alagoanos comercializaram mais de R$ 200 mil durante os cinco dias do 11º Salão do Artesanato
Texto de Cecília Tavares
A participação de artesãos de Alagoas no 11º Salão do Artesanato, na Expor Center Norte, em São Paulo, bateu recorde de vendas. Com 4.464 peças comercializadas, o espaço, organizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com o Sebrae Alagoas e o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), arrecadou um total de R$ 205.350,97.
Com 17 entidades e grupos de artesãos que representam dez municípios alagoanos, o Estado apresentou, durante os cinco dias de evento, toda a beleza e riqueza do artesanato de Alagoas para um público bastante diversificado.
“Essa foi mais uma excelente oportunidade de vendas e negócios para os artesãos de Alagoas, gerando mais visibilidade no mercado nacional para os artistas locais. Saímos daqui bastante satisfeitos com o resultado alcançado em cinco dias de feira”, disse a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos.
O 11º Salão do Artesanato contou com o apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e reuniu mais de mil artesões de diversos estados, além de uma imensa variedade de tipologias. Além do estande do Governo do Estado, a Federação Alagoana dos Artesãos (Falarte) participou da feira com um estande próprio e um espaço comprado pelo proprietário da loja paulista Projeto Terra, Ricardo Pedrosa, comercializou o artesanato produzido na Ilha do Ferro, em Pão de Açúcar.
“Bonito, único, extraordinário, fora do comum. É isso que nós, do Projeto Terra, buscamos quando percorremos o país em busca de produtos para atender nossos clientes. E Alagoas é um destino único para atender esse perfil de produto, pela variedade de tipologias, originalidade, qualidade do trabalho artesanal e pela criatividade dessa gente, que vê na natureza a inspiração e no fazer artesanal a certeza de um futuro melhor”, afirmou Ricardo Pedrosa.
Participaram do 11º Salão do Artesanato os artistas e grupos Luar't (Marechal Deodoro), Inbordal (Marechal Deodoro), Associação das Artesãs de Feliz Deserto, Associação das Artesãs do Pontal do Coruripe, Mari Assis (Maceió), Associação Mulheres de Fibra (Maragogi), Lucas Yguaratã (Palmeira dos Índios), Amor Caseado (Boca da Mata), Nena (Capela), Fulô.A (Penedo), Fabrica da Esperança (Maceió), Tati Barros (Maceió) e Coité Iluminado (Maceió), além dos mestres artesãos Vânia Oliveira (Maceió), Arlindo Monteiro (Maceió), André da Marinheira (Boca da Mata) e Dona Irinéia (União dos Palmares).
 Fonte: www.cultura.al.gov.br

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Sivuca com Clã Brasil "Visitando Zabelê".avi

Proclamação da República

Proclamação_da_República_de_Benedito Calixto 1893


A proclamação do regime republicano brasileiro aconteceu em decorrência da crise do poder imperial, ascensão de novas correntes de pensamento político e interesse de determinados grupos sociais. Aos fins do Segundo Reinado, o governo de Dom Pedro II enfrentou esse quadro de tensões responsável pela queda da monarquia.
Mesmo buscando uma posição política conciliadora, Dom Pedro II não conseguia intermediar os interesses confiantes dos diferentes grupos sociais do país. A questão da escravidão era um dos maiores campos dessa tensão político-ideológica. Os intelectuais, militares e os órgãos de imprensa defendiam a abolição como uma necessidade primordial dentro do processo de modernização sócio-econômica do país.
Por um lado, os fazendeiros da oligarquia nordestina e sulista faziam oposição ao fim da escravidão e, no máximo, admitiam-na com a concessão de indenizações do governo. De outro, os cafeicultores do Oeste Paulista apoiavam a implementação da mão-de-obra assalariada no Brasil. Durante todo o Segundo Reinado essa questão se arrastou e ficou presa ao decreto de leis de pouco efeito prático.
Os abolicionistas, que associavam a escravidão ao atraso do país, acabavam por também colocar o regime monárquico junto a essa mesma idéia. É nesse contexto que as idéias republicanas ganham espaço. O Brasil, única nação americana monarquista, se transformou num palco de uma grande campanha republicana apoiada por diferentes setores da sociedade. A partir disso, observamos a perda das bases políticas que apoiavam Dom Pedro II. Até mesmo os setores mais conservadores, com a abrupta aprovação da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, começaram a ver a monarquia como um regime incapaz de atender os seus interesses.
A Igreja, setor de grande influência ideológica, também passou a engrossar a fila daqueles que maldiziam o poder imperial. Tudo isso devido à crise nas relações entre os clérigos e Dom Pedro II. Naquela época, de acordo com a constituição do país, a Igreja era subordinada ao Estado por meio do regime de padroado. Nesse regime, o imperador tinha o poder de nomear padres bispos e cardeais.
Em 1864, o Vaticano resolveu proibir a existência de párocos ligados à maçonaria. Valendo-se do regime do padroado, Dom Pedro II, que era maçom, desacatou a ordem papal e repudiou aqueles que seguiram as ordens do papa Pio IX. Mesmo anulando as punições dirigidas aos bispos fiéis ao papa, D. Pedro II foi declarado autoritário e infiel ao cristianismo.
Ao mesmo tempo, alguns representantes do poder militar do Brasil começaram a ganhar certa relevância política. Com a vitória na Guerra do Paraguai, o oficialato alcançou prestígio e muitos jovens de classes médias e populares passaram a ingressar no Exército. As instituições militares dessa época também foram influenciadas pelo pensamento positivista, que defendia a “ordem” como caminho indispensável para o “progresso”. Desta forma, os oficiais – que já se julgavam uma classe desprestigiada pelo poder imperial – compreendiam que o rigor e a organização dos militares poderiam ser úteis na resolução dos problemas do país.
Os militares passaram a se opor ferrenhamente a Dom Pedro II, chegando a repudiar ordens imperiais e realizar críticas ao governo nos meios de comunicação. Em 1873, foram criados o Partido Republicano e o Partido Republicano Paulista. Aproximando-se dos militares insatisfeitos, os republicanos organizaram o golpe de Estado contra a monarquia.
Nos fins de 1889, sob fortes suspeitas que Dom Pedro II iria retaliar os militares, o marechal Deodoro da Fonseca mobilizou suas tropas, que promoveram um cerco aos ministros imperiais e exigiram a deposição do rei. Em 15 de novembro daquele ano, o republicano José do Patrocínio oficializou a proclamação da República.

Por Rainer Sousa, Mestre em História

A forma mais saudável de fritar ovo - sem gordura e fritando apenas com água!


Muitos associam o ovo ao colesterol elevado.Isso, porém, é um grande equívoco, pois até hoje não houve nenhuma pesquisa que conseguisse comprovar essa tese.

Muitos associam o ovo ao colesterol elevado.
Isso, porém, é um grande equívoco, pois até hoje não houve nenhuma pesquisa que conseguisse comprovar essa tese.
O problema do colesterol é recente e começou com o consumo de óleos vegetais,  como o de soja, o de milho e, nos dias de hoje, com o pior de todos, o de canola.
Outra coisa: o colesterol não é uma substância que deve ser completamente banida do nosso corpo, pois é essencial à vida e a partir dele é que ocorre toda a síntese de hormônios sexuais no corpo.
O problema é o excesso do colesterol ruim.
Voltando ao ovo: na sua composição, encontramos –
- ácidos graxos saturados;
- ácidos graxos insaturados;
- 20 aminoácidos;
- 14 minerais;
- 12 vitaminas.
Entre estas últimas, destacamos as vitaminas A, B12, A, D, E, K e os folatos.
Esse alimento é muito proteico, tanto que obtemos 20% da nossa necessidade diária de proteína quando consumimos um simples ovo.
No ovo há bastante lecitina, ótima para a circulação e o cérebro.
Há também no ovo muita luteína e zeaxantina, substâncias que diminuem a incidência de doença cardiovascular, combatem a degeneração macular nos olhos (relacionada com a idade) e previnem a catarata e a retinose pigmentar, sendo, portanto, ótimas para a saúde dos olhos.
Um estudo de 2008 da Nutricion and Metabolism comprovou que o ovo tem os seguintes benefícios:
- ação anti-Inflamatória (sendo capaz de diminuir a Proteína C Reativa);
- emagrecimento (como efeito indireto, pois o ovo aumenta o hormônio mais abundante do corpo, adiponectina, antigamente chamado de GBP28);
- aumento do HDL, o colesterol bom;
- diminui os níveis de insulina, funcionando como preventivo do diabetes.
O melhor ovo é, sem dúvida, o da galinha criada solta, pois, além de não conter “substâncias"duvidosas" , tem mais nutrientes, chegando a ter 20 vezes mais ômega 3 que o ovo produzido em escala industrial.
E a melhor forma de consumir ovo é cozinhando-o ou fritando na água.
Como assim, “fritando na água”?
Isso mesmo, você não precisa de gordura para fritar o ovo.
Em vez de óleos vegetais que pouco a pouco entopem nossas artérias, como os citados acima, você deve usar água.
Veja como é simples: coloque metade de um dedo de água na frigideira.
Quando começar a ferver, quebre o ovo e frite do jeito normal.
Além de saudável, o ovo frito na água é muito menos calórico do que o frito na gordura.
Ou seja, com moderação, não vai atrapalhar a sua dieta de emagrecimento.

Fonte: www.asminhasdicas.org

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Let Natural Cosmetics lança primeira linha de maquiagem 100% natural, orgânica e vegana


Marca genuinamente alagoana promete inovar mercado de cosméticos

Como uma alternativa para produtos menos nocivos à pele, a Let Natural Cosmetics lança sua primeira linha de maquiagem 100% natural, orgânica e vegana no Nordeste. A empresa é pautada em ideais sustentáveis e tem como foco inovar o mercado de cosméticos com preocupação ambiental, defender uma política sem crueldade animal e incentivar o consumo consciente.
A primeira linha de maquiagem da Let será lançada nesta quarta-feira, 07, em Maceió e contará com produtos líquidos como máscaras para cílios, base, corretivo, primer, e batom com uma variada gama de tons.
A marca alagoana é a primeira de impacto socioambiental no ramo de cosméticos no Nordeste e pretende disseminar no mundo da moda a prática de apoio às causas ambientais.
Com produtos livres de ingredientes sintéticos e nocivos à pele, prezando pela saúde em primeiro lugar, as maquiagens da Let Natural Cosmetics são 100% naturais, orgânicas, veganas e cruelty-free (selo de garantia que o produto não envolve maus tratos animais), além de ricas em vitaminas, minerais e óleos, sem contato com agrotóxicos, substâncias químicas ou conservantes químicos.
A composição totalmente natural agrega suavidade e tem um acabamento aveludado deixando a pele com uma estética impecável. A fórmula dos produtos contém propriedades nutritivas e antioxidantes. Toda a linha é livre de ingredientes sintéticos, como por exemplo, parabenos, sulfatos e corantes artificiais, fórmulas nocivas para a saúde e para o meio ambiente.
Com o incentivo de uma demanda de mercado mais preocupada com a natureza, com a saúde e em busca do consumo consciente, a Let preza pela transparência com seu cliente, por isso, adverte que é preciso saber as características de cada produto que está sendo utilizado no corpo.

Sobre a Let Natural Cosmetics



A Let Natural Cosmetics é a primeira marca de cosméticos 100% natural criada no Nordeste. Fundada pela alagoana Leticia Costa, a filosofia da marca é o cuidado e o respeito com o planeta, assim como o ser humano.  Os produtos da Let Natural Cosmetics foram criados após estudos e análises feitas em laboratórios para garantir a qualidade de todos os ingredientes utilizados.
 Criada em julho de 2017, a marca se propõe a contribuir na diminuição do impacto da indústria da moda em toda sua cadeia produtiva, desde a escolha das matérias-primas, testes, até o produto final que chega às mãos do cliente. 
Conheça um pouco mais da Let através das redes sociais @letnaturalcosmetics .
Para mais informações, entre em contato com a assessoria
Sofia Sepreny (71) 98255-4216
Ana Barbosa (82) 99925-8003