Serra da Morena Anadia
Cultura Popular de Alagoas e do Nordeste
quarta-feira, 1 de março de 2023
Poema Luso: Dezembro
Dezembro chegou, motivo de festa.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Théo Brandão, folclorista alagoano
(Viçosa, 26 de janeiro de 1907 - Maceió, 29
de setembro de 1981)
Theotônio Vilela Brandão,
conhecido como Théo Brandão, nasceu no dia 26 de janeiro de 1907, na cidade de
Viçosa, Alagoas, filho do médico e farmacêutico Manoel de Barros Loureiro
Brandão e sua prima Carolina Vilela Brandão.
Em Viçosa, foi aluno dos professores João
Manuel Simplício, Ovídio Edgar de Albuquerque e estudou nos colégios de D.
Maria Amélia Coutrim.
Aos dez anos de idade a família mudou-se para
a cidade de Maceió, onde ele continuou seu curso primário no Colégio São José e
depois no Colégio Diocesano, dos irmãos Maristas, no qual terminou o chamado
curso preparatório (2º grau).
Em dezembro de 1923, viajou para Salvador a fim de se preparar para fazer o
vestibular de medicina, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia, onde
estudou por quatro anos, formando-se, no entanto, no Rio de Janeiro, em 1929.
Bacharelou-se também em farmácia, em 1928, que era o curso da sua preferência,
segundo depoimento pessoal.
Em 1928, começou a colaborar com jornaizinhos publicados em Viçosa, enviando do
Rio de Janeiro, poemas, crônicas sobre a cidade e o folclore viçosense.
Em 1930, transferiu-se para o Recife, abrindo consultório e trabalhando como
pediatra no Hospital Manoel S. Almeida e na Inspetoria de Higiene Infantil e
Pré-escolar do Departamento de Saúde Pública de Pernambuco. Nessa época,
conheceu diversos intelectuais no Recife, entre os quais Nilo Pereira, Manuel
Lubambo, Willy Levin e o poeta Austro Costa.
Voltou a Maceió e instalou sua clínica de Pediatria e Obstetrícia. Conviveu com
a chamada Geração Intelectual de Alagoas, grupo formado por Diégues Júnior,
Graciliano Ramos, Raul Lima, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e seu marido
José Auto, Aurélio Buarque de Holanda, entre outros.
Em 1931, publicou Folclore e educação infantil, artigo que é um marco
entre as duas atividades, a de médico e a de folclorista. Começou então a
desenvolver, cada vez mais, trabalhos como folclorista.
A partir de 1937, quando foi indicado para o Instituto Histórico de Alagoas,
passou a se dedicar mais ao folclore e, como era médico, tendeu mais para
estudar o tema da medicina popular. Théo Brandão fazia suas pesquisas e colhia
materiais e dados sobre crendices populares, superstições, rezas e remédios
populares com as mães que iam se consultar com ele no ambulatório de
Puericultura e Pediatria onde trabalhava. Também o ajudaram nas suas pesquisas
os remédios caseiros de sua mãe e um primo, Sinfrônio Vilela, que chegou a
exercer o ofício de curandeiro.
Publicou diversos trabalhos sobre o folclore alagoano: Folclore de
Alagoas(1949), Trovas populares de Alagoas (1951), O reisado alagoano
(1953),Folguedos natalinos de Alagoas (1961), O guerreiro (1964), O pastoril
(1964), além de diversos ensaios e artigos publicados em revistas
especializadas e jornais.
Recebeu pelo livro Folclore de Alagoas um prêmio da Academia Alagoana de
Letras e o Prêmio João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. Com o
Reisado alagoano ganhou o Prêmio Mário de Andrade.
Em 1960, abandonou a profissão de médico para dedicar-se integralmente ao
folclore. Assumiu a cadeira de Antropologia da Universidade Federal de Alagoas.
Membro fundador e efetivo, desde 1948, da Comissão Nacional do Folclore,
passou a integrar, em 1961, o Conselho Nacional do Folclore, por ato do
Presidente da República. Participou
de sociedades e congressos sobre folclore e antropologia no Brasil e no
exterior.
Em 20 de agosto de 1975, a
Universidade Federal de Alagoas criou o Museu Théo Brandão de Antropologia e
Folclore, para abrigar o acervo do folclorista (sobre arte popular) doado à
universidade.
Morreu em Maceió no dia 29 de setembro de
1981, sendo velado no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore.
Fonte: www.cultura.al.gov.br
sexta-feira, 18 de junho de 2021
Cantor e sanfoneiro arapiraquense Afrísio Acácio, morre em Maceió
Conforme amigos e familiares, o sanfoneiro já tinha vencido a
covid-19, após passar dias internado no Hospital de Emergência do Agreste, mas
posteriormente, no dia 20 de maio apresentou sequelas com alguns problemas
de saúde, entre eles uma úlcera, icterícia e alterações no fígado e precisou
ser levado para Maceió.
O artista foi levado para a UTI no último dia 30 de maio e
faleceu na unidade médica nesta quinta-feira, 17.
A morte de Afrísio Acácio representa uma perda enorme para a
cultura alagoana, sobretudo de Arapiraca. Era seguidor de Nouzinho do Xaxado,
que marcou époco na década de 1970, em Delmiro Gouveira e alto sertão de
Alagoas, onde participou de LP com o famoso sanfoneiro. Outro nome que tinha
laços culturais com Afrísio era Josa, Vaqueiro do Sertão, que nos deixou em
2020, e cantava versos de vaquejada e seu aboio dolente não tinha quem fizesse
igual. Era um poeta nato que sempre nos recebia com uma quadra ou sextilha,
sempre aparecia em Viçosa, para convesar com o poeta Apolônio Belo e tocar com
o sanfoneiro Dirceu.
O “Poeta-Vaqueiro” Afrísio Acácio, natural de Campo Grande/AL, é considerado um dos maiores acordeonistas do Nordeste. Atualmente reside em Arapiraca/AL e vem dando uma grande contribuição, através de seus projetos, para a cultura local e regional.Seja cantando ou apresentado o seu programa “Manhãs Nordestinas”, na Rádio Pajuçara FM 101.9, Arapiraca. Afrísio proporcionou a todos nós a oportunidade de ter um contato direto com as nossas raízes. A “Cultura na Praça”, onde a terceira idade da cidade e do Agreste, tinham espaço para dançar e brincar todas segunda-feira, das 08 às 12h, com a participação dos principais sanfoneiros da região.
Afrísio transmitiu a sua vocação de artista para o seu filho,
Arlyson Acácio, e para sua esposa, D. Alcina Barbosa Acácio: ambos também
cantam.
Afrisio Acácio, será sepultado no Cemitério Pré Vida, em
Arapiraca, com a presença dos familiares, amigos e seguidores da cultura
popular.
Fonte: www.jaenoticia.com.br
quarta-feira, 12 de maio de 2021
6 sinais que o corpo dá semanas antes de um infarto
Muitos
sintomas são ignorados, mas podem ajudar a detectar um infarto antes mesmo de
acontecer
Cerca de 30% das mortes
no Brasil acontecem por causa de doenças cardiovasculares, a maior causa de óbitos no mundo
todo, sendo o infarto o
grande vilão. Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco,
esse problema pode ser fatal.
O infarto acontece quando uma ou mais
artérias que levam oxigênio ao coração (artérias coronárias) são obstruídas
abruptamente por um coágulo de sangue, formado em cima de uma placa de gordura
(ateroma) existente na parede interna da artéria.
Algumas pessoas estão
mais propensas para uma ataque cardíaco. Os principais fatores de risco para um
infarto são: tabagismo, hipertensão, colesterol elevado, diabetes,
sedentarismo, obesidade, estresse, alcoolismo e
histórico familiar de infarto.
Porém, com o cuidado e atenção devida, é possível notar sinais (ainda que muito
sutis) de um infarto semanas antes de acontecer. "Os sintomas precoces
aparecem em cerca de 50% dos casos, mas costumam ser ignorados", afirma o
cardiologista Rogério Marra, do Hospital Samaritano de São Paulo. Abaixo, descubra
alguns sinais que, se combinados, podem ser indicativos precoces de infarto:
1. Dor na região torácica
"Às vezes o primeiro sintoma se
externa como dor na região do tórax e peito, podendo irradiar de
formas diferentes, pelos ombros, costas, braços, pescoço e até mandíbula",
explica Marra. Essa dor surge de forma súbita, enquanto a pessoa realiza suas
atividades normais ou até dormindo.
2. Falta de ar
A sensação de aperto no peito pode
interferir nos pulmões, traduzindo-se na dificuldade de respirar. "Tamanho
desconforto no paciente, isso pode gerar uma falta de ar", diz o
especialista.
3. Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal
Por causa desses sintomas, muitas vezes
o problema é confundido como um simples desconforto digestivo. "O médico
deve estar muito atento e, se possível, ser especialista para conseguir fazer o
diagnóstico correto", de acordo com Marra.
4. Tontura
Algumas semanas antes de um infarto,
também é possível vivenciar tonturas. Por isso, é importante "evitar
dirigir nesse caso, pois arritmias e desmaios podem colocar em risco você e os
outras pessoas", ressalta o cardiologista Bruno Valdigem, do Instituto
Dante Pazzanese de Cardiologia.
5. Suor frio
Junto com a tontura, o paciente também pode relatar suor frio, decorrente
das dores no peito. "Apesar de ser um sintoma simples, eles representam
algo progressivo: quanto mais cedo a pessoa chegar no hospital, mais fácil será
diminuir os danos", afirma Marra.
6. Fraqueza
A fraqueza passa despercebida muitas
vezes, mas é preciso atenção, pois pode ser um indicativo de algo mais grave.
"Esse quadro é um desafio, pois de todas as avaliações do pronto socorro,
20% são relacionadas ao coração, então o médico pode não entender que esse
sintoma se trata do coração", conta Rogério
Escrito por Amanda Cruz,
Redação Minha Vida
Fonte:
www.minhavida.com.br
quarta-feira, 24 de março de 2021
O Poder da Vírgula
Vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere...
Ela pode sumir com o seu dinheiro:
23,4.
2,34.
Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar:
Não tenha clemência!
Não,tenha clemência!
Quem tem mais valor, o homem ou a mulher?
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Mestre Pancho, Patrimônio Vivo de Alagoas, morre vítima de Covid-19
Ronaldo da Costa, o mestre
Pancho, reconhecido como Patrimônio Vivo de Alagoas, faleceu na noite da última
terça-feira (02.03.2021), aos 70 anos, vítima de Covid-19. A família não divulgou
informações sobre o velório ou sepultamento.
Ronaldo aprendeu a tradição com o pai, mestre Isaldino, ainda na infância e há 40 anos comandava o Fandango do Pontal da Barra, em Maceió. Pancho foi o primeiro a introduzir a participação de mulheres no folguedo. Reconhecido como Patrimônio desde 2012, o mestre deixa um legado para a cultura alagoana. "A cultura alagoana perde mais um grande mestre em virtude do coronavírus. Com muita tristeza, recebemos a notícia do falecimento do mestre Pancho, uma figura sempre presente nas atividades realizadas pela Secult e um homem que honrou seu título, sempre difundindo o Fandango e a cultura popular alagoana. mestre Pancho deixa um legado importantíssimo e uma grande lacuna dentre os Patrimônios Vivos de Alagoas. Minha solidariedade a todos os amigos e familiares”, declarou a secretária de Cultura, Mellina Freitas.
Fonte: www.tnh1.com.br
quinta-feira, 11 de março de 2021
Bernard Charlot: "O conflito nasce quando o professor não ensina"
Pesquisador francês afirma que, quando faltam reflexão no saber e prazer e aventura em classe, a escola perde o sentido original
Prof. Bernard Chalot
"Há duas
línguas diferentes sendo faladas na escola: a dos professores e a dos
alunos." Para Bernard Charlot, professor de Ciências da Educação da
Universidade de Paris 8 e da pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe,
essa tensão existe porque os dois lados desconhecem o prazer do saber. Sem
dramatizar os conflitos nem apresentar vítimas e culpados - o que seria muito
simplório para uma questão tão profunda -, o pesquisador passou quase 20 anos
estudando, principalmente em escolas da periferia da França, a relação que as
pessoas estabelecem com o conhecimento. Os jovens gostam de aprender? O que
determina o interesse pelos estudos? Seu objetivo principal é descobrir por que
alguns adolescentes pobres não avançam na Educação formal, enquanto outros se
revelam bem-sucedidos.Grande parte dos trabalhos foi realizada pelo
grupo de pesquisa Escol (Educação, Socialização e Coletividades Locais) na
Universidade de Paris 8 desde 1987. Um dos pontos de destaque é a semelhança
entre os educadores brasileiros e franceses. A hipótese é que existem
situações, como as de ensino, que são universais. Hoje, Charlot acompanha de
perto a realidade das escolas brasileiras, principalmente as do Nordeste. Aos
62 anos, vive em Aracaju, casado com uma professora brasileira. A seguir, os
principais trechos da entrevista realizada em São Paulo.
Por que a relação entre alunos e professores é tão difícil?
BERNARD CHARLOT Para os alunos, há uma
lógica no ato de estudar e, para os professores, há outra. Ouço muito das
crianças: "Fui a todas as aulas, estudei em casa e não concordo com as
notas que recebi". O professor retruca, afirmando que o estudante é
preguiçoso e não entendeu a matéria. Esse descompasso revela o grande abismo
que existe entre as pessoas e interfere no processo de aprendizagem.
Quem está com a razão, os professores ou os alunos?
Charlot O objetivo de minhas pesquisas não é encontrar vítimas e
vilões. Os dois lados têm suas razões. E digo isso com sinceridade. Qual a
trajetória de alunos e professores na construção do saber? Isso sim é
importante e explica o ponto de vista de cada um. Estudar a ótica do outro é a
primeira lição que alunos e professores precisam aprender. Mesmo assim, o
diálogo verdadeiro ainda é muito difícil.
Qual é o sentido da escola para os alunos?
Charlot As crianças francesas acham que, como seus pais, que ganham
por hora de trabalho, deveriam ser recompensadas pela quantidade de tempo
passado em frente dos livros. Ou seja, as notas deveriam ser proporcionais ao
estudo. Mas, é óbvio, essa não é a lógica da escola. A instituição escolar
defende que, se o estudante não fez as tarefas, não leu nem adquiriu um saber
intelectual, ele pode ser reprovado. Para esse aluno, isso é uma injustiça,
algo ilógico. A maioria dos estudantes gosta de ir à escola para comer, namorar
e brincar. Nunca ouço que é um lugar para aprender. Para eles, os estudos, os
trabalhos e as pesquisas existem para atender apenas aos interesses da escola.
Assim, professores pensam que ensinam e alunos pensam que estudam.
Como fazer os alunos estudarem e os professores ensinarem de fato?
Charlot Há milhares de motivos pelos quais os jovens
imaginam que a escola é o lugar do lazer e não do saber. É importante
descobri-los, mais do que criticar. Os conflitos nascem quando o professor
explica algo que não é compreendido. Ainda tranqüilo, e com outras palavras,
ele explica de novo, e outra vez sem sucesso. Rapidamente, ele vai considerar o
estudante um incapaz. O educador culpa o aluno, mas se sente fracassado também
porque a turma não avança. O jovem, por seu lado, pensa que o professor não
sabe ensinar. O clima fica tenso e uma coisa sem importância vira estopim para
uma agressão verbal ou física.
O professor não age dessa forma porque está sobrecarregado de
tarefas?
Charlot Ser professor hoje em dia é uma missão quase
impossível. É preciso ter jogo de cintura para enfrentar as diversas
contradições. O aluno vai à escola sem ter recebido uma socialização prévia. No
passado, quando apenas uma pequena parte da população tinha acesso à Educação
formal, não havia esse problema. Os pais preparavam os filhos para essa etapa
da vida e os irmãos mais velhos, que também freqüentavam a escola, ajudavam os
mais novos. Porém, quando toda a população passa a estudar, você se vê diante
de crianças que não foram preparadas para as situações de aprendizagem. A
dificuldade atual da escola é conseqüência da democratização. E quem há de
reclamar disso?
Por que tantos professores criam imagem de um aluno ideal?
Charlot Essa questão é muito complicada. O professor espera
encontrar em sala de aula um clone ideal dele mesmo, ou seja, uma pessoa que
ele gostaria de ser: crítico, reflexivo, leitor e dedicado. Mas o professor
também deseja alunos obedientes. E essa contradição é insolúvel. Como ser, ao mesmo
tempo, obediente, crítico e inquieto com a realidade? Na verdade, os critérios
estão quase sempre baseados no comportamento: muitos acreditam que o bom aluno
é aquele que não atrapalha o andamento da aula, chega na hora certa, levanta a
mão para fazer perguntas inteligentes e conta com o interesse dos pais pelos
estudos.
E os alunos, o que esperam dos professores?
Charlot Uma vez ouvi esta frase: "Gosto muito do meu professor
porque ele nos trata como seres humanos". Ilude-se quem pensa que os
meninos e as meninas esperam um amigo ou um colaborador mais velhos. Os jovens
querem se relacionar com um profissional maduro. Outro ponto importante: eles
não querem ser números. Não há nada pior para uma criança ou um adolescente do
que encontrar seu professor na rua e não ser reconhecido. Os jovens não
agüentam ser tratados como anônimos. Isso confirma uma das principais
competências que se espera de um profissional da Educação - a capacidade de se
relacionar. E acrescento: com humor, que é o melhor remédio para enfrentar as
contradições do universo da Educação.
Sempre houve conflito entre quem ensina e quem aprende?
Charlot Sim, porque existe uma tensão que faz parte do ato
pedagógico. O primeiro problema que o docente enfrenta é não produzir
diretamente seu trabalho. Explico: o que faz o aluno aprender é sua própria
atividade intelectual, não a do mestre. O trabalho do educador é despertar e
promover essa atividade. É assim, sempre foi e sempre será, em qualquer
sociedade e época. Se o estudante fracassa, a culpa é do professor, por mais
que ele não tenha o poder de enfiar o saber dentro da cabeça do jovem. Essa
tensão se converte facilmente em conflito quando o aluno se sente pressionado
ou enganado. Mas os conflitos nem sempre são negativos. Penso que é uma sorte
viver tantas contradições. Para ser feliz é preciso renunciar a uma idéia
enganosa de felicidade. O humor, a reflexão e o prazer são imprescindíveis para
aceitar as diferenças e é isso que permite avançar. Já imaginou uma escola sem
conflitos? Seria muito monótona.
Qual é o maior problema no dia a dia escolar?
Charlot A avaliação é campeã de dúvidas, discórdias e desatinos.
Precisamos refletir mais sobre o assunto. O modelo baseado em assinalar uma
alternativa, em certo ou errado, em verdadeiro ou falso, não mede a atividade
intelectual. Essa história começou quando o Brasil passou a selecionar alunos
para o curso de Medicina, como nos Estados Unidos. Os saberes científicos podem
ser medidos em falsos e verdadeiros, mas não os conteúdos de Filosofia, Língua
Portuguesa, Pedagogia e História. É um absurdo o que se vê aqui. Até na
Educação Infantil já se encontram vestibularzinhos. Esse erro a França não
comete. É verdadeiro que o Sol se põe no oeste? Sob um ponto de vista, sim. Sob
outro, não, já que o Sol não sai do lugar. O mundo do verdadeiro ou falso é do
fanatismo e não da cidadania. Nega a reflexão e o saber e impede que os alunos
leiam, escrevam e aprendam.
A relação do jovem pobre e do rico com a escola é a mesma?
Charlot Uma pesquisa feita na França com estudantes do Ensino
Médio mostrou que eles usam o que foi aprendido na escola para pensar e
construir novos saberes. Eles conseguem fazer essa transposição. Não há relação
direta entre fracasso escolar e classe social. Apesar de, em termos
estatísticos, existir uma probabilidade maior de alguém de classe popular
fracassar nos estudos, muitos são bem-sucedidos. Mas também há uma grande
quantidade de filhos da classe média que são reprovados. Minhas pesquisas têm
por objetivo entender o que acontece especificamente com os que enfrentam
dificuldades. Se o pai é imigrante, está desempregado ou ausente, não importa
para a análise, mas sim o que a criança faz dessas condições. Para isso,
precisamos saber se ela estuda e, principalmente, por que estuda - ou seja, que
sentido tem a escola para ela. Esse aspecto é interessante e inusitado.
Que motivos levam uma criança pobre a querer estudar?
Charlot A maioria dos alunos acredita desempenhar seu papel em ir à
escola todos os dias, não fazer muitas bobagens e escutar o professor. Enfim,
cumprir um protocolo. Eles vão à escola para passar de ano até conseguir um
trabalho, dinheiro e uma vida considerada normal - e não necessariamente para
construir capacidades. A primeira lição que aprendem é obedecer. E aí se vê um
pacto silencioso de cumplicidade com os professores: "Você obedece e não
atrapalha minhas aulas. Em contrapartida eu só passo lições e provas
fáceis". Para outros jovens, o estudo é uma conquista permanente que exige
muita força de vontade, esforço e dedicação. No geral, pobres e ricos
apresentam as mesmas características. Nos dois lados, encontramos o tipo que
não sabe o que está fazendo no colégio.
É papel da escola garantir o sucesso profissional dos alunos no futuro?
Charlot Eu estou convencido de que não, apesar de essa ser uma
questão muito presente hoje. Quando perguntamos a alguém por que ir à escola, a
resposta imediata é "obter um emprego". Muitos se esquecem de que não
é a escola que garante o emprego. Ela tem outro papel, bem mais amplo e
importante. Para conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho, é preciso
adquirir saberes, desenvolver a imaginação, construir referências para entender
o que é a vida, o que é o mundo e o que é a convivência com os outros. Há uma
grande perda de tempo e energia quando isso não acontece. Todos se sentem
lesados, e não poderia ser diferente.
Quando não garante esse sucesso no mercado de trabalho, a escola acaba por
punir os mais pobres.
Charlot Quando a Educação se preocupa demais com o mercado de
trabalho, ela exclui os mais pobres. A escola e o saber ainda são a grande
chance de ascensão social para muitos e estão se tornando uma maldição para os
jovens mais fracos e mais desfavorecidos economicamente. Quem não tem um diploma
não consegue emprego, certo? O mesmo vale na França, no Brasil e em qualquer
lugar do mundo. A escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o
saber é fonte de prazer. Isso não quer dizer que dispense esforço. O
esportista, para ter satisfação, se empenha muito. Ainda hoje, um grande número
de professores pensa que sua função é dar respostas, mas elas não significam
nada se não houve um questionamento anterior. Os estudantes estão decorando
coisas que nem sequer entendem. O trabalho do professor é fazer nascer novas
questões e o interesse pela escola. Caso contrário, ele gasta o ano letivo em
embates sem solução.
Como seria uma escola com a cara do jovem?
Charlot O jovem não quer uma escola com a cara dele, mas uma
que faça a ponte entre a história coletiva do ser humano e sua história
individual. Uma escola com a cara do jovem teria a cara da Xuxa. Urgh!
Por:
Cristiane
Marangon, Roberta
Bencini
BIBLIOGRAFIA
Da Relação com o
Saber, Bernard Charlot, 94 págs., Ed. Artmed, tel.
0800-703-3444, 26 reais
Os Jovens e o Saber, Bernard Charlot (org.), 152 págs., Ed. Artmed,
Fonte: www.novaescola.org.br
domingo, 7 de março de 2021
Morre mestra Marinalva Bezerra, Patrimônio Vivo de Alagoas, em União dos Palmares
Mestra Marinalva - Ceramista |
Ceramista
da comunidade do Muquém tinha 83 anos
Teresa
Machado
A
comunidade palmarina do Muquém amanheceu em luto. Marinalva Bezerra da Silva,
mestra do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas morreu nesta quinta-feira
(28), aos 83 anos, na cidade de União dos Palmares.
Ceramista
há mais de 50 anos, Dona Marinalva tirava o sustento de sua família do barro
corrido às margens do rio Mundaú. Sua obra em cerâmica é utilitária, em um
movimento contínuo e sem torno, feita por suas próprias mãos, uma técnica
peculiar apreciada pelos estudiosos da arte. Entre suas produções,
cuscuzeiras, panelas, potes e moringas.
Marinalva
era considerada uma mestra do Patrimônio Vivo do Estado desde 2019 e morreu por
complicações cirúrgicas. O velório ocorrerá na residência de Dona Marinalva, no
Muquém. E o sepultamento está previsto para às 16h, no Cemitério Público Santo
Campo dos Palmares.
A
Secretaria de Estado da Cultura lamenta a perda da mestra que era símbolo de
resistência e da força da mulher e do movimento afro. A Secult/AL, em luto, se
solidariza com os amigos e familiares.
Fonte: www.cultura.al.gov.br
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Sete curiosidades sobre o corpo humano
1- As crianças têm mais
ossos em seu corpo do que os adultos
Você sabia que um bebê nasce com cerca de 300 ossos em
seu corpo? Segundo a Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos,
muitos ossos se fundem ao longo do processo de crescimento, e como resultado, o
esqueleto de um ser humano adulto tem 206 ossos com variados formatos e
tamanhos. Essas estruturas são formadas por células vivas e ativas, o que
significa que elas estão sempre crescendo, se regenerando e também se
relacionando com outras partes do organismo. Outra curiosidade é que se você
colocar todos os ossos do seu corpo em uma balança, a massa total será
correspondente a 15% do seu peso corporal.
2 - Há mais bactérias na
sua boca do que seres humanos no planeta
Os cientistas da Faculdade de Medicina Dentária de
Harvard já encontraram mais de 615 espécies de bactérias diferentes na boca
humana, e eles acreditam que ainda é possível encontrar mais. Os profissionais
da instituição também afirmam que o número total de micro-organismos nessa
região do corpo pode exceder o número de seres humanos na Terra. Assustador,
não é mesmo?
Dessa forma, a boca humana é considerada uma pequena
selva de bactérias. A umidade da saliva e a presença de açúcares e carboidratos
na alimentação fazem deste espaço um ótimo ambiente para a proliferação dos
micro-organismos. Além disso, os especialistas acreditam que a variação no
número de determinadas espécies pode ser a chave para determinar a saúde bucal
dos pacientes e auxiliar o diagnóstico precoce do câncer de boca.
3 - Os seres humanos têm
dez vezes mais bactérias do que células
De acordo com a Sociedade Norte-americana de
Microbiologia, existem dez bactérias no organismo humano para cada célula. Em outras
palavras, isso significa que 90% do seu corpo é formado por bactérias!
Impressionante, né? Curiosamente, esses micro-organismos não são ruins para a
saúde. Muitos deles têm papéis significativos para o correto funcionamento das
funções corporais e mantêm o organismo saudável. Alterações nessas comunidades
microbianas podem causar doenças de pele, distúrbios digestivos e doenças nas
gengivas, por exemplo.
4 - O coração humano bate
100.000 vezes por dia
Ao longo de um dia, o seu coração bate em média 100.000
vezes! Em um ano, o órgão bate 35 milhões de vezes, o que soma a média de 3
bilhões de batimentos ao longo da vida. Segundo o Arkansas Heart Hospital, o
coração é capaz de bombear 5 litros de sangue por todo o corpo a cada 20
segundos; logo, o coração faz o sangue presente no organismo circular pelo
corpo cerca de três vezes por minuto.
5 - Os vasos sanguíneos de
um adulto têm mais de 160 mil quilômetros de comprimento
A extensão do sistema vascular também é impressionante.
The Franklin Institute, na Pensilvânia, afirma que juntos, as artérias, as
arteríolas, as vênulas, as veias e os capilares de um organismo adulto têm mais
de 160 mil quilômetros, o suficiente para dar duas voltas ao redor do mundo. Já
no caso das crianças, os vasos sanguíneos podem chegar a quase 100 mil
quilômetros.
A aorta é considerada a maior artéria do corpo e tem
diâmetro semelhante ao de uma mangueira de jardim. Por outro lado, os capilares
são extremamente pequenos e têm cerca de 5 micrômetros - os fios de cabelo, por
exemplo, são estruturas com diâmetro de 17 micrômetros.
6 - Os folículos do seu
cabelo estão vivos (mas o seu cabelo, não!)
A Associação Americana de Dermatologia explica que o
cabelo cresce a partir da raiz de pequenas bolsas, chamadas de folículos. Cada
fio é feito de proteínas e alimentado pelos vasos sanguíneos presentes no couro
cabeludo. Aos poucos, os fios são empurrados para cima até tornarem-se
compridos o suficiente para alcançar a pele. Quando isso acontece, o cabelo
morre, mas continua crescendo. Por isso, nós não sentimos dor ao cortá-lo.
O mesmo processo acontece com todos os outros pelos do
corpo humano. A pele é completamente coberta por pelos, e as exceções são a
área dos lábios, as palmas das mãos e as solas dos pés. Os pelos são muito
importantes para o nosso organismo, ajudam a manter o corpo protegido e
auxiliam na manutenção da temperatura.
7 - Nós temos dois metros
quadrados de pele
A pele é considerada o maior órgão do corpo humano.
Segundo a National Geographic, um ser humano adulto carrega cerca de 3,6 quilos
de pele, e nessa fase o órgão tem extensão aproximada de dois metros quadrados.
Essa estrutura é muito importante para a nossa saúde por inúmeros motivos:
protege o nosso organismo do calor excessivo, dos danos da luz solar e de agentes
químicos. Ainda, ela atua como um sensor muito grande, capaz de fazer o nosso
cérebro dialogar e compreender os estímulos do meio externo.
O corpo humano esconde diversos segredos e fatos que nos
deixam boquiabertos, não é mesmo? Na sua opinião, qual das curiosidades é a
mais inusitada?
Fonte: www.coc.com.br
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Joquinha Gonzaga
João Januário
Maciel, “Joquinha Gonzaga ”, nascido em 01 de abril de 1952, no Rio de Janeiro,
filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João
Francisco Maciel.
No final da década de 1940, o
“Rei do Baião” LUIZ GONZAGA formou o primeiro núcleo Nordestino no Sul do país
trazendo sua família composta pelo seu pai Januário, sua mãe Santana, suas
irmãs Muniz, Geni, Socorro e Chiquinha Gonzaga e seus irmãos Aluízio, Zé
Gonzaga e Severino Gonzaga. Se instalaram em um Sítio em Santa Cruz da Serra,
em Duque de Caxias-RJ, mais conhecido como Sítio dos Gonzagas, onde eram
realizadas grandes festas como casamentos, batizados, aniversários, novenas,
etc., sempre com muitos convidados, músicas, comidas típicas nordestinas e a
presença de grandes artistas famosos como Maria Inês, Abdias, Trio Nordestino,
Dominguinhos entre outros. Foi neste meio que nasceu e cresceu JOQUINHA
GONZAGA, nome artístico dado por seu tio Gonzagão, que o presenteou com uma
sanfona de oito baixos (pé de Bode) quando ele tinha apenas 12 anos.
Após dois anos, reconhecendo o
talento do seu sobrinho, Gonzagão trocou os oito baixos por um Acordeon.
JOQUINHA começou sua escola
tocando em festas e forrós no Rio de Janeiro e, posteriormente, viajando por
todo o Nordeste acompanhando o REI DO BAIÃO como músico (sanfoneiro).
Joquinha Gonzaga com Seus Pais
Em 1986 JOQUINHA GONZAGA gravou o seu primeiro disco pela gravadora TOP TAPE,
intitulado FORRÓ CHEIRO E CHAMEGO. Em seguida, a convite de seu tio GONZAGÃO,
viajou numa turnê à EUROPA-FRANÇA e participou de muitos outros shows já como
artista convidado do Rei. A sua maior alegria foi receber o seu primeiro
Diploma, quando o REI declarou em público, registrando oficialmente, que
JOQUINHA seria o seguidor cultural da Família Gonzaga.
Em 1988 JOQUINHA foi convidado
a participar de uma faixa (Dá licença pra mais um) no disco “Aí Tem…” de Luiz
Gonzaga, música cuja letra realmente registra o fato:
SE É DE PAI PRA FILHO, DE FILHO
PARA PAI
DE SOBRINHO PRA TIO ALGUMA COISA SAI
ENTÃO VOU POR AÍ, POR ESSE MUNDO VOU
USANDO ESSA HERANÇA DO MEU TIO E DO VOVÔ…
Em 1989 Joquinha Gonzaga grava
seu segundo disco pela Copacabana interpretando músicas do seu Tio Luiz
Gonzaga. Foi quando o cantor despertou, assegurando o seu espaço artístico no
meio do público do Rei, principalmente no Nordeste e, ainda mais, no
sertão Pernambucano.
Em 1990 grava o LP “É SÓ
REMEXER”, ainda na Copacabana. Em virtude da perda irreparável do seu tio, o
Rei do Baião, em agosto de 1989, e, posteriormente, o súbito acidente que
vitimou o seu primo Gonzaguinha que, na época, organizava o Museu do Gonzagão,
no Parque Aza Branza em Exu-PE, e o acervo do “REI”, Joquinha Gonzaga, que era
o “braço direito” da família, junto ao seu irmão piloto, se transferiram, de
vez, da cidade do Rio de Janeiro para Exu com a finalidade de cuidar dos
interesses do seu tio e seu primo “Gonzagão e Gonzaguinha”, havendo, portanto,
um bloqueio temporário, a nível nacional, de sua carreira artística.
JoquinhaGonzagaDe 1990 a 1993
se dedicou aos shows regionais procurando manter as tradições do seu tio
Gonzagão, participando ativamente de grandes eventos como a “MISSA DO
VAQUEIRO”, em Serrita, e ajudando e coordenando a grande festa de 13 de dezembro,
aniversário do Rei do Baião, evento tradicional no Parque AZA BRANCA,
comemorado desde o Gonzagão em vida, no qual, todos os anos, apresentam-se
grandes artistas de expressão no cenário nacional como Raimundo Fagner,
Elba Ramalho, Tânia Alves, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Maria Inês,
Marinalda, Valdones, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga e Artistas da Região.
Ainda em 1993, Joquinha Gonzaga
grava o seu quarto LP, pela SOMARJ, com o título de “SOMBRINHO DE GONZAGÃO E
NETO DE JANUÁRIO”, sendo esse trabalho ainda executado a nível regional, porém
bem sucedido, intensificando seus shows e se tornando cada vez mais conhecido
nos estados do Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia, principalmente nos festejos
juninos, que também eram o forte de seu Tio Gonzagão.
No início de 1996, Joquinha
Gonzaga recebe um convite-proposta de um grande forrozeiro, amigo e afilhado do
Rei do Baião, ALCIMAR MONTEIRO, que, como prova de amizade que tinha pelo Rei,
cria o selo INGAZEIRA e lança mais um LP e CD com o sobrinho do Gonzagão, numa
superprodução com título “RAIZ E TRADIÇÃO, trazendo algumas participações como
o próprio ALCIMAR MONTEIRO, JOÃOZINHO DO EXU e MAÍDA (cantora pernambucana).
Em 1997, Joquinha Gonzaga lança
seu sexto trabalho com a mesma produção anterior, ou seja, selo “INGAZEIRA
DISCO”, com a produção de Alcimar Monteiro, intitulado “CARA E CORAÇÃO”, com
músicas de compositores autênticos como João Silva, Dijesus, Alberto e do
próprio Joquinha Gonzaga, dando continuidade a cultura e a música de seu Tio
Gonzagão.
Nesse mesmo ano, Joquinha
Gonzaga participou cantando a música TACACÁ, do álbum duplo que Dominguinhos
fez com 22 artistas da MPB, onde cada um deles canta uma faixa com Dominguinhos
com músicas só de Luiz Gonzaga e entre eles participou FAGNER, GILBERTO GIL,
ELBA RAMALHO, CHICO BUARQUE, DANIEL GONZAGA (primo de Joquinha) e outros.
Joquinha Gonzaga em Nova YorkEm
1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem “TRIBUTO A LUIZ GONZAGA” em Nova
York, no LINCON CENTER FESTIVAL, junto com Oswaldinho do Acordeon e Daniel
Gonzaga, onde teve um público de 10 mil pessoas.
Em 2000 Joquinha Gonzaga grava
seu sétimo CD com uma produção independente intitulado de “MALA E CUIA” com a
participação especial de Daniel Gonzaga na faixa “Espelhos das Águas do
Itamaragy” , autoria de Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga, onde Daniel interpreta
muito bem e lembra a voz do seu pai Gonzaguinha. Tem a participação de João
Cláudio imitando muito bem a voz do Gonzagão.
Daniel Gonzaga, Joquinha
Gonzaga, João Cláudio e Pablo (filho de Joquinha) na gravação do CD "Mala
e Cuia"Em 2004 grava seu oitavo CD com a produção independente, intitulado
“SANFONEIRO DA SERRA DO ARARIPE”, em uma apresentação de seu Tio Gonzagão, em
1988, na Missa do Vaqueiro, em Serrita, Pernambuco, ele aproveitou e colocou na
primeira faixa uma gravação em que ele apresentou Joquinha Gonzaga como
herdeiro cultural da família, não pra ser Rei do Baião, mas pra ser um Seguidor
do Baião.
Em 2006 grava seu nono CD
intitulado “CANTOS E CAUSOS DE GONZAGÃO”, em que Joquinha Gonzaga fala de três
causos que presenciou nas viagens em que fez com seu Tio Lula, canta quatro
músicas conhecidas de Gonzagão, músicas de sua autoria e de compositores
conhecidos nacional e regionais.
Essa é a história de Joquinha
Gonzaga, sempre defendendo a verdadeira música Nordestina e a cultura do seu
Tio Gonzagão tocando sanfona e decantando as coisas do Sertão.
Fonte: www.last.fm
domingo, 14 de fevereiro de 2021
Processo de volta às aulas da rede estadual será discutido com toda a sociedade, diz Seduc
Fábio Guedes garante que modelo primará pela
segurança da comunidade escolar; instituições receberão recursos para se
adequarem aos protocolos
Seduc discutirá com a comunidade como se dará a volta às aulas. Foto: Tiago Henrique |
“Ainda não temos uma data fixa para a volta às
atividades presenciais, mas o certo é que precisaremos dar início ao calendário
escolar. O formato em que se dará esse retorno será o foco de um plano que será
amplamente divulgado e discutido com todas as instâncias da comunidade escolar
e com o governador Renan Filho”.
Com estas palavras, o secretário de Estado da
Educação, Fábio Guedes, destacou que a retomada das atividades presenciais na
rede estadual de ensino acontecerá de forma democrática, ouvindo toda a
comunidade educacional e respeitando os protocolos sanitários de combate à
Covid-19.
O anúncio foi feito em entrevista, na noite desta
quinta-feira (11). Na ocasião, Guedes falou que as unidades já receberam
recursos para aquisição de itens como álcool gel e tapetes sanitizantes e que,
em breve, será lançado um programa que vai municiar as escolas com mais verbas
para adequação aos protocolos sanitários.
“Nos próximos dias, o governador Renan Filho
lançará este programa, que dará aos diretores condições de financiar gastos e
garantir insumos que adequem as escolas às exigências sanitárias.
Paralelamente, também está em trâmite um processo para contratação de empresa
para realização de serviços de manutenção predial”, adiantou Guedes, informando
ainda que o estado também aguarda verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação Básica (FNDE) para construção de novas escolas- dentre as quais,
algumas indígenas-, retomada de obras de ginásios e aquisição de veículos para
a frota de veículos.
Transporte - Em relação
ao transporte escolar, Guedes frisou que, havendo o retorno das atividades
presenciais, o grande desafio será a definição das rotas.
“Em Maceió, por exemplo, em virtude dos problemas
da exploração da mineração nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom
Parto, tivemos a migração de muitas famílias para outros bairros, em especial
para a parte Alta. E isso nós sentimos durante a matrícula, quando muitas
pessoas procuraram vagas nessa região, mas a oferta não atendia a demanda. Por
isso, estamos formatando, em parceria com a Secretaria de Planejamento, um
painel com todas as informações acerca da rede estadual, com base no Censo
Escolar. A partir dessa plataforma, por exemplo, poderemos ver onde precisamos
construir mais escolas, onde há mais demanda”, vislumbrou Guedes.
Diálogo- O secretário ressaltou que a pasta tem
mantido diálogo com todas as instâncias educacionais na busca pela melhor
formatação para o ano letivo 2021, a exemplo de órgãos de controle social e
cumprimento das leis, como o Ministério Público, assim como instituições de
classe, como Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal), com quem tem
uma reunião prevista para o próximo dia 18.
“Neste momento, é importante firmarmos um contrato
social, dialogarmos, unirmos forças e buscarmos soluções conjuntas para a
Educação. A pandemia foi muito difícil para todos, laços entre escola e
comunidade foram prejudicados e os professores foram guerreiros atuando
remotamente”, destacou Guedes, adiantando ainda que o Governo de Alagoas já
trabalha em uma minuta de portaria relacionada ao acesso a equipamentos e
tecnologias de conexão para profissionais da educação e comunidade escolar.
Avanços - Por fim, o
secretário pontuou os avanços alcançados na educação alagoana e registrados na
edição 2019 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), onde a rede
pública teve uma evolução de 7,54% nos anos iniciais do ensino fundamental,
13,33% nos anos finais da mesma modalidade e 8,33% no ensino médio em relação
ao que foi alcançado no índice em 2017.
“Os professores foram os grandes responsáveis por
este resultado e, vale ressaltar, neste grande concerto que é a educação, o
papel dos municípios alagoanos: 94,1% deles atingiram as médias estipuladas
pelo Ministério da Educação na rede pública, para os anos iniciais, o
segundo melhor posicionado em todo o país, ficando atrás apenas do
Ceará”, observou Guedes.
Fonte: www.agenciaalagoas.al.gov.br