quarta-feira, 1 de março de 2023

Poema Luso: Dezembro

 


Dezembro chegou, motivo de festa.
De muita alegria…
Mais um ano passou, com muita seresta…
E com Deus na companhia…

Um ano completo,
De alegrias e tristezas…
De sonhos, repleto!
Realizações e grandezas…

Dezembro momento de reflexão,
De abraços e beijos,
De carinho e compaixão…
De realizar os desejos…

Dezembro, beleza divina…
A natureza toda sorridente,
Cantarolando de baixo a cima…
A formosura de toda nossa gente!

Viva Dezembro, o mês da alegria…
Onde as mãos se unem em favor do outro,
Que os sorrisos brotam, com o mais simples gesto…
Dezembro, mês que meu coração se encanta…

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Théo Brandão, folclorista alagoano

 


(Viçosa, 26 de janeiro de 1907 - Maceió, 29 de setembro de 1981)

Theotônio Vilela Brandão, conhecido como Théo Brandão, nasceu no dia 26 de janeiro de 1907, na cidade de Viçosa, Alagoas, filho do médico e farmacêutico Manoel de Barros Loureiro Brandão e sua prima Carolina Vilela Brandão.

Em Viçosa, foi aluno dos professores João Manuel Simplício, Ovídio Edgar de Albuquerque e estudou nos colégios de D. Maria Amélia Coutrim.
       

Aos dez anos de idade a família mudou-se para a cidade de Maceió, onde ele continuou seu curso primário no Colégio São José e depois no Colégio Diocesano, dos irmãos Maristas, no qual terminou o chamado curso preparatório (2º grau).
        
Em dezembro de 1923, viajou para Salvador a fim de se preparar para fazer o vestibular de medicina, ingressando na Faculdade de Medicina da Bahia, onde estudou por quatro anos, formando-se, no entanto, no Rio de Janeiro, em 1929. Bacharelou-se também em farmácia, em 1928, que era o curso da sua preferência, segundo depoimento pessoal.
        
Em 1928, começou a colaborar com jornaizinhos publicados em Viçosa, enviando do Rio de Janeiro, poemas, crônicas sobre a cidade e o folclore viçosense.
        
Em 1930, transferiu-se para o Recife, abrindo consultório e trabalhando como pediatra no Hospital Manoel S. Almeida e na Inspetoria de Higiene Infantil e Pré-escolar do Departamento de Saúde Pública de Pernambuco. Nessa época, conheceu diversos intelectuais no Recife, entre os quais Nilo Pereira, Manuel Lubambo, Willy Levin e o poeta Austro Costa.
        
Voltou a Maceió e instalou sua clínica de Pediatria e Obstetrícia. Conviveu com a chamada Geração Intelectual de Alagoas, grupo formado por Diégues Júnior, Graciliano Ramos, Raul Lima, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e seu marido José Auto, Aurélio Buarque de Holanda, entre outros.
       
 Em 1931, publicou Folclore e educação infantil, artigo que é um marco entre as duas atividades, a de médico e a de folclorista.  Começou então a desenvolver, cada vez mais, trabalhos como folclorista.
        
A partir de 1937, quando foi indicado para o Instituto Histórico de Alagoas, passou a se dedicar mais ao folclore e, como era médico, tendeu mais para estudar o tema da medicina popular. Théo Brandão fazia suas pesquisas e colhia materiais e dados sobre crendices populares, superstições, rezas e remédios populares com as mães que iam se consultar com ele no ambulatório de Puericultura e Pediatria onde trabalhava. Também o ajudaram nas suas pesquisas os remédios caseiros de sua mãe e um primo, Sinfrônio Vilela, que chegou a exercer o ofício de curandeiro.
       
 Publicou diversos trabalhos sobre o folclore alagoano: Folclore de Alagoas(1949), Trovas populares de Alagoas (1951), O reisado alagoano (1953),Folguedos natalinos de Alagoas (1961), O guerreiro (1964), O pastoril (1964), além de diversos ensaios e artigos publicados em revistas especializadas e jornais.
        
Recebeu pelo livro Folclore de Alagoas um prêmio da Academia Alagoana de Letras  e o Prêmio João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras. Com o Reisado alagoano ganhou o Prêmio Mário de Andrade.
       
 Em 1960, abandonou a profissão de médico para dedicar-se integralmente ao folclore. Assumiu a cadeira de Antropologia da Universidade Federal de Alagoas.
       
 Membro fundador e efetivo, desde 1948, da Comissão Nacional do Folclore, passou a integrar, em 1961, o Conselho Nacional do Folclore, por ato do Presidente da República. Participou de sociedades e congressos sobre folclore e antropologia no Brasil e no exterior.
      
Em 20 de agosto de 1975, a Universidade Federal de Alagoas criou o Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore, para abrigar o acervo do folclorista (sobre arte popular) doado à universidade. 

Morreu em Maceió no dia 29 de setembro de 1981, sendo velado no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore.

Fonte: www.cultura.al.gov.br

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Cantor e sanfoneiro arapiraquense Afrísio Acácio, morre em Maceió

 

Morreu nesta quinta-feira, 17, o cantor e sanfoneiro arapiraquense Afrísio Acácio, aos 71 anos, devido a complicações da covid-19. Afrísio estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Universitário (HU), localizado na parte alta de Maceió.

Conforme amigos e familiares, o sanfoneiro já tinha vencido a covid-19, após passar dias internado no Hospital de Emergência do Agreste, mas posteriormente, no dia 20 de maio apresentou sequelas com alguns problemas de saúde, entre eles uma úlcera, icterícia e alterações no fígado e precisou ser levado para Maceió.

O artista foi levado para a UTI no último dia 30 de maio e faleceu na unidade médica nesta quinta-feira, 17.

A morte de Afrísio Acácio representa uma perda enorme para a cultura alagoana, sobretudo de Arapiraca. Era seguidor de Nouzinho do Xaxado, que marcou époco na década de 1970, em Delmiro Gouveira e alto sertão de Alagoas, onde participou de LP com o famoso sanfoneiro. Outro nome que tinha laços culturais com Afrísio era Josa, Vaqueiro do Sertão, que nos deixou em 2020, e cantava versos de vaquejada e seu aboio dolente não tinha quem fizesse igual. Era um poeta nato que sempre nos recebia com uma quadra ou sextilha, sempre aparecia em Viçosa, para convesar com o poeta Apolônio Belo e tocar com o sanfoneiro Dirceu.

O “Poeta-Vaqueiro” Afrísio Acácio, natural de Campo Grande/AL, é considerado um dos maiores acordeonistas do Nordeste. Atualmente reside em Arapiraca/AL e vem dando uma grande contribuição, através de seus projetos, para a cultura local e regional.Seja cantando ou apresentado o seu programa “Manhãs Nordestinas”, na Rádio Pajuçara FM 101.9, Arapiraca. Afrísio proporcionou a todos nós a oportunidade de ter um contato direto com as nossas raízes. A “Cultura na Praça”, onde a terceira idade da cidade e do Agreste,  tinham espaço para dançar e brincar todas segunda-feira, das 08 às 12h, com a participação dos principais sanfoneiros da região.

Afrísio transmitiu a sua vocação de artista para o seu filho, Arlyson Acácio, e para sua esposa, D. Alcina Barbosa Acácio: ambos também cantam.

Afrisio Acácio, será sepultado no Cemitério Pré Vida, em Arapiraca, com a presença dos familiares, amigos e seguidores da cultura popular.

Fonte: www.jaenoticia.com.br 


quarta-feira, 12 de maio de 2021

6 sinais que o corpo dá semanas antes de um infarto

 

Muitos sintomas são ignorados, mas podem ajudar a detectar um infarto antes mesmo de acontecer

Cerca de 30% das mortes no Brasil acontecem por causa de doenças cardiovasculares, a maior causa de óbitos no mundo todo, sendo o infarto o grande vilão. Também chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco, esse problema pode ser fatal.

O infarto acontece quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao coração (artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um coágulo de sangue, formado em cima de uma placa de gordura (ateroma) existente na parede interna da artéria.

Algumas pessoas estão mais propensas para uma ataque cardíaco. Os principais fatores de risco para um infarto são: tabagismohipertensãocolesterol elevado, diabetes, sedentarismo, obesidade, estresse, alcoolismo e histórico familiar de infarto.

Porém, com o cuidado e atenção devida, é possível notar sinais (ainda que muito sutis) de um infarto semanas antes de acontecer. "Os sintomas precoces aparecem em cerca de 50% dos casos, mas costumam ser ignorados", afirma o cardiologista Rogério Marra, do Hospital Samaritano de São Paulo. Abaixo, descubra alguns sinais que, se combinados, podem ser indicativos precoces de infarto:

1. Dor na região torácica

"Às vezes o primeiro sintoma se externa como dor na região do tórax e peito, podendo irradiar de formas diferentes, pelos ombros, costas, braços, pescoço e até mandíbula", explica Marra. Essa dor surge de forma súbita, enquanto a pessoa realiza suas atividades normais ou até dormindo.

2. Falta de ar

A sensação de aperto no peito pode interferir nos pulmões, traduzindo-se na dificuldade de respirar. "Tamanho desconforto no paciente, isso pode gerar uma falta de ar", diz o especialista.

3. Náusea, indigestão, azia ou dor abdominal

Por causa desses sintomas, muitas vezes o problema é confundido como um simples desconforto digestivo. "O médico deve estar muito atento e, se possível, ser especialista para conseguir fazer o diagnóstico correto", de acordo com Marra.

4. Tontura

Algumas semanas antes de um infarto, também é possível vivenciar tonturas. Por isso, é importante "evitar dirigir nesse caso, pois arritmias e desmaios podem colocar em risco você e os outras pessoas", ressalta o cardiologista Bruno Valdigem, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

5. Suor frio

Junto com a tontura, o paciente também pode relatar suor frio, decorrente das dores no peito. "Apesar de ser um sintoma simples, eles representam algo progressivo: quanto mais cedo a pessoa chegar no hospital, mais fácil será diminuir os danos", afirma Marra.

6. Fraqueza

A fraqueza passa despercebida muitas vezes, mas é preciso atenção, pois pode ser um indicativo de algo mais grave. "Esse quadro é um desafio, pois de todas as avaliações do pronto socorro, 20% são relacionadas ao coração, então o médico pode não entender que esse sintoma se trata do coração", conta Rogério

Escrito por Amanda Cruz, Redação Minha Vida

Fonte: www.minhavida.com.br


quarta-feira, 24 de março de 2021

O Poder da Vírgula

 


Vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere...

Ela pode sumir com o seu dinheiro:
23,4.
2,34.

Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar:
Não tenha clemência!
Não,tenha clemência!

Quem tem mais valor, o homem ou a mulher?
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua procura.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

 

Mestre Pancho, Patrimônio Vivo de Alagoas, morre vítima de Covid-19

 

Ronaldo da Costa, o mestre Pancho, reconhecido como Patrimônio Vivo de Alagoas, faleceu na noite da última terça-feira (02.03.2021), aos 70 anos, vítima de Covid-19. A família não divulgou informações sobre o velório ou sepultamento. 

Ronaldo aprendeu a tradição com o pai, mestre Isaldino, ainda na infância e há 40 anos comandava o Fandango do Pontal da Barra, em Maceió. Pancho foi o primeiro a introduzir a participação de mulheres no folguedo. Reconhecido como Patrimônio desde 2012, o mestre deixa um legado para a cultura alagoana.  "A cultura alagoana perde mais um grande mestre em virtude do coronavírus. Com muita tristeza, recebemos a notícia do falecimento do mestre Pancho, uma figura sempre presente nas atividades realizadas pela Secult e um homem que honrou seu título, sempre difundindo o Fandango e a cultura popular alagoana. mestre Pancho deixa um legado importantíssimo e uma grande lacuna dentre os Patrimônios Vivos de Alagoas. Minha solidariedade a todos os amigos e familiares”, declarou a secretária de Cultura, Mellina Freitas.

Fonte: www.tnh1.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2021

Bernard Charlot: "O conflito nasce quando o professor não ensina"

 Pesquisador francês afirma que, quando faltam reflexão no saber e prazer e aventura em classe, a escola perde o sentido original

Prof. Bernard Chalot

"Há duas línguas diferentes sendo faladas na escola: a dos professores e a dos alunos." Para Bernard Charlot, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e da pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe, essa tensão existe porque os dois lados desconhecem o prazer do saber. Sem dramatizar os conflitos nem apresentar vítimas e culpados - o que seria muito simplório para uma questão tão profunda -, o pesquisador passou quase 20 anos estudando, principalmente em escolas da periferia da França, a relação que as pessoas estabelecem com o conhecimento. Os jovens gostam de aprender? O que determina o interesse pelos estudos? Seu objetivo principal é descobrir por que alguns adolescentes pobres não avançam na Educação formal, enquanto outros se revelam bem-sucedidos.Grande parte dos trabalhos foi realizada pelo grupo de pesquisa Escol (Educação, Socialização e Coletividades Locais) na Universidade de Paris 8 desde 1987. Um dos pontos de destaque é a semelhança entre os educadores brasileiros e franceses. A hipótese é que existem situações, como as de ensino, que são universais. Hoje, Charlot acompanha de perto a realidade das escolas brasileiras, principalmente as do Nordeste. Aos 62 anos, vive em Aracaju, casado com uma professora brasileira. A seguir, os principais trechos da entrevista realizada em São Paulo.


Por que a relação entre alunos e professores é tão difícil?


BERNARD CHARLOT  Para os alunos, há uma lógica no ato de estudar e, para os professores, há outra. Ouço muito das crianças: "Fui a todas as aulas, estudei em casa e não concordo com as notas que recebi". O professor retruca, afirmando que o estudante é preguiçoso e não entendeu a matéria. Esse descompasso revela o grande abismo que existe entre as pessoas e interfere no processo de aprendizagem.

Quem está com a razão, os professores ou os alunos?
Charlot O objetivo de minhas pesquisas não é encontrar vítimas e vilões. Os dois lados têm suas razões. E digo isso com sinceridade. Qual a trajetória de alunos e professores na construção do saber? Isso sim é importante e explica o ponto de vista de cada um. Estudar a ótica do outro é a primeira lição que alunos e professores precisam aprender. Mesmo assim, o diálogo verdadeiro ainda é muito difícil.

Qual é o sentido da escola para os alunos?
Charlot As crianças francesas acham que, como seus pais, que ganham por hora de trabalho, deveriam ser recompensadas pela quantidade de tempo passado em frente dos livros. Ou seja, as notas deveriam ser proporcionais ao estudo. Mas, é óbvio, essa não é a lógica da escola. A instituição escolar defende que, se o estudante não fez as tarefas, não leu nem adquiriu um saber intelectual, ele pode ser reprovado. Para esse aluno, isso é uma injustiça, algo ilógico. A maioria dos estudantes gosta de ir à escola para comer, namorar e brincar. Nunca ouço que é um lugar para aprender. Para eles, os estudos, os trabalhos e as pesquisas existem para atender apenas aos interesses da escola. Assim, professores pensam que ensinam e alunos pensam que estudam.

Como fazer os alunos estudarem e os professores ensinarem de fato?


Charlot Há milhares de motivos pelos quais os jovens imaginam que a escola é o lugar do lazer e não do saber. É importante descobri-los, mais do que criticar. Os conflitos nascem quando o professor explica algo que não é compreendido. Ainda tranqüilo, e com outras palavras, ele explica de novo, e outra vez sem sucesso. Rapidamente, ele vai considerar o estudante um incapaz. O educador culpa o aluno, mas se sente fracassado também porque a turma não avança. O jovem, por seu lado, pensa que o professor não sabe ensinar. O clima fica tenso e uma coisa sem importância vira estopim para uma agressão verbal ou física.

O professor não age dessa forma porque está sobrecarregado de tarefas?


Charlot Ser professor hoje em dia é uma missão quase impossível. É preciso ter jogo de cintura para enfrentar as diversas contradições. O aluno vai à escola sem ter recebido uma socialização prévia. No passado, quando apenas uma pequena parte da população tinha acesso à Educação formal, não havia esse problema. Os pais preparavam os filhos para essa etapa da vida e os irmãos mais velhos, que também freqüentavam a escola, ajudavam os mais novos. Porém, quando toda a população passa a estudar, você se vê diante de crianças que não foram preparadas para as situações de aprendizagem. A dificuldade atual da escola é conseqüência da democratização. E quem há de reclamar disso?

Por que tantos professores criam imagem de um aluno ideal?


Charlot Essa questão é muito complicada. O professor espera encontrar em sala de aula um clone ideal dele mesmo, ou seja, uma pessoa que ele gostaria de ser: crítico, reflexivo, leitor e dedicado. Mas o professor também deseja alunos obedientes. E essa contradição é insolúvel. Como ser, ao mesmo tempo, obediente, crítico e inquieto com a realidade? Na verdade, os critérios estão quase sempre baseados no comportamento: muitos acreditam que o bom aluno é aquele que não atrapalha o andamento da aula, chega na hora certa, levanta a mão para fazer perguntas inteligentes e conta com o interesse dos pais pelos estudos.

E os alunos, o que esperam dos professores?


Charlot Uma vez ouvi esta frase: "Gosto muito do meu professor porque ele nos trata como seres humanos". Ilude-se quem pensa que os meninos e as meninas esperam um amigo ou um colaborador mais velhos. Os jovens querem se relacionar com um profissional maduro. Outro ponto importante: eles não querem ser números. Não há nada pior para uma criança ou um adolescente do que encontrar seu professor na rua e não ser reconhecido. Os jovens não agüentam ser tratados como anônimos. Isso confirma uma das principais competências que se espera de um profissional da Educação - a capacidade de se relacionar. E acrescento: com humor, que é o melhor remédio para enfrentar as contradições do universo da Educação.

Sempre houve conflito entre quem ensina e quem aprende?


Charlot Sim, porque existe uma tensão que faz parte do ato pedagógico. O primeiro problema que o docente enfrenta é não produzir diretamente seu trabalho. Explico: o que faz o aluno aprender é sua própria atividade intelectual, não a do mestre. O trabalho do educador é despertar e promover essa atividade. É assim, sempre foi e sempre será, em qualquer sociedade e época. Se o estudante fracassa, a culpa é do professor, por mais que ele não tenha o poder de enfiar o saber dentro da cabeça do jovem. Essa tensão se converte facilmente em conflito quando o aluno se sente pressionado ou enganado. Mas os conflitos nem sempre são negativos. Penso que é uma sorte viver tantas contradições. Para ser feliz é preciso renunciar a uma idéia enganosa de felicidade. O humor, a reflexão e o prazer são imprescindíveis para aceitar as diferenças e é isso que permite avançar. Já imaginou uma escola sem conflitos? Seria muito monótona.

Qual é o maior problema no dia a dia escolar?


Charlot A avaliação é campeã de dúvidas, discórdias e desatinos. Precisamos refletir mais sobre o assunto. O modelo baseado em assinalar uma alternativa, em certo ou errado, em verdadeiro ou falso, não mede a atividade intelectual. Essa história começou quando o Brasil passou a selecionar alunos para o curso de Medicina, como nos Estados Unidos. Os saberes científicos podem ser medidos em falsos e verdadeiros, mas não os conteúdos de Filosofia, Língua Portuguesa, Pedagogia e História. É um absurdo o que se vê aqui. Até na Educação Infantil já se encontram vestibularzinhos. Esse erro a França não comete. É verdadeiro que o Sol se põe no oeste? Sob um ponto de vista, sim. Sob outro, não, já que o Sol não sai do lugar. O mundo do verdadeiro ou falso é do fanatismo e não da cidadania. Nega a reflexão e o saber e impede que os alunos leiam, escrevam e aprendam.

A relação do jovem pobre e do rico com a escola é a mesma?


Charlot 
Uma pesquisa feita na França com estudantes do Ensino Médio mostrou que eles usam o que foi aprendido na escola para pensar e construir novos saberes. Eles conseguem fazer essa transposição. Não há relação direta entre fracasso escolar e classe social. Apesar de, em termos estatísticos, existir uma probabilidade maior de alguém de classe popular fracassar nos estudos, muitos são bem-sucedidos. Mas também há uma grande quantidade de filhos da classe média que são reprovados. Minhas pesquisas têm por objetivo entender o que acontece especificamente com os que enfrentam dificuldades. Se o pai é imigrante, está desempregado ou ausente, não importa para a análise, mas sim o que a criança faz dessas condições. Para isso, precisamos saber se ela estuda e, principalmente, por que estuda - ou seja, que sentido tem a escola para ela. Esse aspecto é interessante e inusitado.

Que motivos levam uma criança pobre a querer estudar?


Charlot A maioria dos alunos acredita desempenhar seu papel em ir à escola todos os dias, não fazer muitas bobagens e escutar o professor. Enfim, cumprir um protocolo. Eles vão à escola para passar de ano até conseguir um trabalho, dinheiro e uma vida considerada normal - e não necessariamente para construir capacidades. A primeira lição que aprendem é obedecer. E aí se vê um pacto silencioso de cumplicidade com os professores: "Você obedece e não atrapalha minhas aulas. Em contrapartida eu só passo lições e provas fáceis". Para outros jovens, o estudo é uma conquista permanente que exige muita força de vontade, esforço e dedicação. No geral, pobres e ricos apresentam as mesmas características. Nos dois lados, encontramos o tipo que não sabe o que está fazendo no colégio.

É papel da escola garantir o sucesso profissional dos alunos no futuro?


Charlot Eu estou convencido de que não, apesar de essa ser uma questão muito presente hoje. Quando perguntamos a alguém por que ir à escola, a resposta imediata é "obter um emprego". Muitos se esquecem de que não é a escola que garante o emprego. Ela tem outro papel, bem mais amplo e importante. Para conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho, é preciso adquirir saberes, desenvolver a imaginação, construir referências para entender o que é a vida, o que é o mundo e o que é a convivência com os outros. Há uma grande perda de tempo e energia quando isso não acontece. Todos se sentem lesados, e não poderia ser diferente.

Quando não garante esse sucesso no mercado de trabalho, a escola acaba por punir os mais pobres.


Charlot Quando a Educação se preocupa demais com o mercado de trabalho, ela exclui os mais pobres. A escola e o saber ainda são a grande chance de ascensão social para muitos e estão se tornando uma maldição para os jovens mais fracos e mais desfavorecidos economicamente. Quem não tem um diploma não consegue emprego, certo? O mesmo vale na França, no Brasil e em qualquer lugar do mundo. A escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o saber é fonte de prazer. Isso não quer dizer que dispense esforço. O esportista, para ter satisfação, se empenha muito. Ainda hoje, um grande número de professores pensa que sua função é dar respostas, mas elas não significam nada se não houve um questionamento anterior. Os estudantes estão decorando coisas que nem sequer entendem. O trabalho do professor é fazer nascer novas questões e o interesse pela escola. Caso contrário, ele gasta o ano letivo em embates sem solução.

Como seria uma escola com a cara do jovem?


Charlot O jovem não quer uma escola com a cara dele, mas uma que faça a ponte entre a história coletiva do ser humano e sua história individual. Uma escola com a cara do jovem teria a cara da Xuxa. Urgh!

Por: Cristiane MarangonRoberta Bencini

 Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA

Da Relação com o Saber, Bernard Charlot, 94 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 26 reais
Os Jovens e o Saber, Bernard Charlot (org.), 152 págs., Ed. Artmed,

Fonte: www.novaescola.org.br

domingo, 7 de março de 2021

Morre mestra Marinalva Bezerra, Patrimônio Vivo de Alagoas, em União dos Palmares

 

Mestra Marinalva - Ceramista

Ceramista da comunidade do Muquém tinha 83 anos

                                                           Teresa Machado

 A comunidade palmarina do Muquém amanheceu em luto. Marinalva Bezerra da Silva, mestra do Registro do Patrimônio Vivo de Alagoas morreu nesta quinta-feira (28), aos 83 anos, na cidade de União dos Palmares.

 Ceramista há mais de 50 anos, Dona Marinalva tirava o sustento de sua família do barro corrido às margens do rio Mundaú. Sua obra em cerâmica é utilitária, em um movimento contínuo e sem torno, feita por suas próprias mãos, uma técnica peculiar apreciada pelos estudiosos da arte.  Entre suas produções, cuscuzeiras, panelas, potes e moringas.

 Marinalva era considerada uma mestra do Patrimônio Vivo do Estado desde 2019 e morreu por complicações cirúrgicas. O velório ocorrerá na residência de Dona Marinalva, no Muquém. E o sepultamento está previsto para às 16h, no Cemitério Público Santo Campo dos Palmares.

 A Secretaria de Estado da Cultura lamenta a perda da mestra que era símbolo de resistência e da força da mulher e do movimento afro. A Secult/AL, em luto, se solidariza com os amigos e familiares.

Fonte: www.cultura.al.gov.br

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Sete curiosidades sobre o corpo humano

 

O corpo humano é objeto de estudo há milhares de anos, e ainda é considerado um tema que desperta a curiosidade na comunidade científica e no público em geral. Até hoje ele esconde fatos inusitados e informações surpreendentes. Que tal conhecer alguns deles? Confira as curiosidades que nós selecionamos para você.

1- As crianças têm mais ossos em seu corpo do que os adultos

Você sabia que um bebê nasce com cerca de 300 ossos em seu corpo? Segundo a Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, muitos ossos se fundem ao longo do processo de crescimento, e como resultado, o esqueleto de um ser humano adulto tem 206 ossos com variados formatos e tamanhos. Essas estruturas são formadas por células vivas e ativas, o que significa que elas estão sempre crescendo, se regenerando e também se relacionando com outras partes do organismo. Outra curiosidade é que se você colocar todos os ossos do seu corpo em uma balança, a massa total será correspondente a 15% do seu peso corporal.

2 - Há mais bactérias na sua boca do que seres humanos no planeta

Os cientistas da Faculdade de Medicina Dentária de Harvard já encontraram mais de 615 espécies de bactérias diferentes na boca humana, e eles acreditam que ainda é possível encontrar mais. Os profissionais da instituição também afirmam que o número total de micro-organismos nessa região do corpo pode exceder o número de seres humanos na Terra. Assustador, não é mesmo?

Dessa forma, a boca humana é considerada uma pequena selva de bactérias. A umidade da saliva e a presença de açúcares e carboidratos na alimentação fazem deste espaço um ótimo ambiente para a proliferação dos micro-organismos. Além disso, os especialistas acreditam que a variação no número de determinadas espécies pode ser a chave para determinar a saúde bucal dos pacientes e auxiliar o diagnóstico precoce do câncer de boca.

3 - Os seres humanos têm dez vezes mais bactérias do que células

De acordo com a Sociedade Norte-americana de Microbiologia, existem dez bactérias no organismo humano para cada célula. Em outras palavras, isso significa que 90% do seu corpo é formado por bactérias! Impressionante, né? Curiosamente, esses micro-organismos não são ruins para a saúde. Muitos deles têm papéis significativos para o correto funcionamento das funções corporais e mantêm o organismo saudável. Alterações nessas comunidades microbianas podem causar doenças de pele, distúrbios digestivos e doenças nas gengivas, por exemplo.

4 - O coração humano bate 100.000 vezes por dia

Ao longo de um dia, o seu coração bate em média 100.000 vezes! Em um ano, o órgão bate 35 milhões de vezes, o que soma a média de 3 bilhões de batimentos ao longo da vida. Segundo o Arkansas Heart Hospital, o coração é capaz de bombear 5 litros de sangue por todo o corpo a cada 20 segundos; logo, o coração faz o sangue presente no organismo circular pelo corpo cerca de três vezes por minuto.

5 - Os vasos sanguíneos de um adulto têm mais de 160 mil quilômetros de comprimento

A extensão do sistema vascular também é impressionante. The Franklin Institute, na Pensilvânia, afirma que juntos, as artérias, as arteríolas, as vênulas, as veias e os capilares de um organismo adulto têm mais de 160 mil quilômetros, o suficiente para dar duas voltas ao redor do mundo. Já no caso das crianças, os vasos sanguíneos podem chegar a quase 100 mil quilômetros.

A aorta é considerada a maior artéria do corpo e tem diâmetro semelhante ao de uma mangueira de jardim. Por outro lado, os capilares são extremamente pequenos e têm cerca de 5 micrômetros - os fios de cabelo, por exemplo, são estruturas com diâmetro de 17 micrômetros.

6 - Os folículos do seu cabelo estão vivos (mas o seu cabelo, não!)

A Associação Americana de Dermatologia explica que o cabelo cresce a partir da raiz de pequenas bolsas, chamadas de folículos. Cada fio é feito de proteínas e alimentado pelos vasos sanguíneos presentes no couro cabeludo. Aos poucos, os fios são empurrados para cima até tornarem-se compridos o suficiente para alcançar a pele. Quando isso acontece, o cabelo morre, mas continua crescendo. Por isso, nós não sentimos dor ao cortá-lo.

O mesmo processo acontece com todos os outros pelos do corpo humano. A pele é completamente coberta por pelos, e as exceções são a área dos lábios, as palmas das mãos e as solas dos pés. Os pelos são muito importantes para o nosso organismo, ajudam a manter o corpo protegido e auxiliam na manutenção da temperatura.

7 - Nós temos dois metros quadrados de pele

A pele é considerada o maior órgão do corpo humano. Segundo a National Geographic, um ser humano adulto carrega cerca de 3,6 quilos de pele, e nessa fase o órgão tem extensão aproximada de dois metros quadrados. Essa estrutura é muito importante para a nossa saúde por inúmeros motivos: protege o nosso organismo do calor excessivo, dos danos da luz solar e de agentes químicos. Ainda, ela atua como um sensor muito grande, capaz de fazer o nosso cérebro dialogar e compreender os estímulos do meio externo.

O corpo humano esconde diversos segredos e fatos que nos deixam boquiabertos, não é mesmo? Na sua opinião, qual das curiosidades é a mais inusitada?

Fonte: www.coc.com.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Joquinha Gonzaga

 

João Januário Maciel, “Joquinha Gonzaga ”, nascido em 01 de abril de 1952, no Rio de Janeiro, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel.

No final da década de 1940, o “Rei do Baião” LUIZ GONZAGA formou o primeiro núcleo Nordestino no Sul do país trazendo sua família composta pelo seu pai Januário, sua mãe Santana, suas irmãs Muniz, Geni, Socorro e Chiquinha Gonzaga e seus irmãos Aluízio, Zé Gonzaga e Severino Gonzaga. Se instalaram em um Sítio em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias-RJ, mais conhecido como Sítio dos Gonzagas, onde eram realizadas grandes festas como casamentos, batizados, aniversários, novenas, etc., sempre com muitos convidados, músicas, comidas típicas nordestinas e a presença de grandes artistas famosos como Maria Inês, Abdias, Trio Nordestino, Dominguinhos entre outros. Foi neste meio que nasceu e cresceu JOQUINHA GONZAGA, nome artístico dado por seu tio Gonzagão, que o presenteou com uma sanfona de oito baixos (pé de Bode) quando ele tinha apenas 12 anos.

Após dois anos, reconhecendo o talento do seu sobrinho, Gonzagão trocou os oito baixos por um Acordeon. 

JOQUINHA começou sua escola tocando em festas e forrós no Rio de Janeiro e, posteriormente, viajando por todo o Nordeste acompanhando o REI DO BAIÃO como músico (sanfoneiro).

Joquinha Gonzaga com Seus Pais Em 1986 JOQUINHA GONZAGA gravou o seu primeiro disco pela gravadora TOP TAPE, intitulado FORRÓ CHEIRO E CHAMEGO. Em seguida, a convite de seu tio GONZAGÃO, viajou numa turnê à EUROPA-FRANÇA e participou de muitos outros shows já como artista convidado do Rei. A sua maior alegria foi receber o seu primeiro Diploma, quando o REI declarou em público, registrando oficialmente, que JOQUINHA seria o seguidor cultural da Família Gonzaga.

Em 1988 JOQUINHA foi convidado a participar de uma faixa (Dá licença pra mais um) no disco “Aí Tem…” de Luiz Gonzaga, música cuja letra realmente registra o fato:

SE É DE PAI PRA FILHO, DE FILHO PARA PAI
DE SOBRINHO PRA TIO ALGUMA COISA SAI
ENTÃO VOU POR AÍ, POR ESSE MUNDO VOU
USANDO ESSA HERANÇA DO MEU TIO E DO VOVÔ…

Em 1989 Joquinha Gonzaga grava seu segundo disco pela Copacabana interpretando músicas do seu Tio Luiz Gonzaga. Foi quando o cantor despertou, assegurando o seu espaço artístico no meio do público do Rei, principalmente no Nordeste e, ainda mais, no sertão Pernambucano.

Em 1990 grava o LP “É SÓ REMEXER”, ainda na Copacabana. Em virtude da perda irreparável do seu tio, o Rei do Baião, em agosto de 1989, e, posteriormente, o súbito acidente que vitimou o seu primo Gonzaguinha que, na época, organizava o Museu do Gonzagão, no Parque Aza Branza em Exu-PE, e o acervo do “REI”, Joquinha Gonzaga, que era o “braço direito” da família, junto ao seu irmão piloto, se transferiram, de vez, da cidade do Rio de Janeiro para Exu com a finalidade de cuidar dos interesses do seu tio e seu primo “Gonzagão e Gonzaguinha”, havendo, portanto, um bloqueio temporário, a nível nacional, de sua carreira artística.

JoquinhaGonzagaDe 1990 a 1993 se dedicou aos shows regionais procurando manter as tradições do seu tio Gonzagão, participando ativamente de grandes eventos como a “MISSA DO VAQUEIRO”, em Serrita, e ajudando e coordenando a grande festa de 13 de dezembro, aniversário do Rei do Baião, evento tradicional no Parque AZA BRANCA, comemorado desde o Gonzagão em vida, no qual, todos os anos, apresentam-se grandes artistas de expressão no cenário nacional como Raimundo Fagner, Elba Ramalho, Tânia Alves, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Maria Inês, Marinalda, Valdones, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga e Artistas da Região.

Ainda em 1993, Joquinha Gonzaga grava o seu quarto LP, pela SOMARJ, com o título de “SOMBRINHO DE GONZAGÃO E NETO DE JANUÁRIO”, sendo esse trabalho ainda executado a nível regional, porém bem sucedido, intensificando seus shows e se tornando cada vez mais conhecido nos estados do Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia, principalmente nos festejos juninos, que também eram o forte de seu Tio Gonzagão.

No início de 1996, Joquinha Gonzaga recebe um convite-proposta de um grande forrozeiro, amigo e afilhado do Rei do Baião, ALCIMAR MONTEIRO, que, como prova de amizade que tinha pelo Rei, cria o selo INGAZEIRA e lança mais um LP e CD com o sobrinho do Gonzagão, numa superprodução com título “RAIZ E TRADIÇÃO, trazendo algumas participações como o próprio ALCIMAR MONTEIRO, JOÃOZINHO DO EXU e MAÍDA (cantora pernambucana).

Em 1997, Joquinha Gonzaga lança seu sexto trabalho com a mesma produção anterior, ou seja, selo “INGAZEIRA DISCO”, com a produção de Alcimar Monteiro, intitulado “CARA E CORAÇÃO”, com músicas de compositores autênticos como João Silva, Dijesus, Alberto e do próprio Joquinha Gonzaga, dando continuidade a cultura e a música de seu Tio Gonzagão.

Nesse mesmo ano, Joquinha Gonzaga participou cantando a música TACACÁ, do álbum duplo que Dominguinhos fez com 22 artistas da MPB, onde cada um deles canta uma faixa com Dominguinhos com músicas só de Luiz Gonzaga e entre eles participou FAGNER, GILBERTO GIL, ELBA RAMALHO, CHICO BUARQUE, DANIEL GONZAGA (primo de Joquinha) e outros.

Joquinha Gonzaga em Nova YorkEm 1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem “TRIBUTO A LUIZ GONZAGA” em Nova York, no LINCON CENTER FESTIVAL, junto com Oswaldinho do Acordeon e Daniel Gonzaga, onde teve um público de 10 mil pessoas.

Em 2000 Joquinha Gonzaga grava seu sétimo CD com uma produção independente intitulado de “MALA E CUIA” com a participação especial de Daniel Gonzaga na faixa “Espelhos das Águas do Itamaragy” , autoria de Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga, onde Daniel interpreta muito bem e lembra a voz do seu pai Gonzaguinha. Tem a participação de João Cláudio imitando muito bem a voz do Gonzagão.

Daniel Gonzaga, Joquinha Gonzaga, João Cláudio e Pablo (filho de Joquinha) na gravação do CD "Mala e Cuia"Em 2004 grava seu oitavo CD com a produção independente, intitulado “SANFONEIRO DA SERRA DO ARARIPE”, em uma apresentação de seu Tio Gonzagão, em 1988, na Missa do Vaqueiro, em Serrita, Pernambuco, ele aproveitou e colocou na primeira faixa uma gravação em que ele apresentou Joquinha Gonzaga como herdeiro cultural da família, não pra ser Rei do Baião, mas pra ser um Seguidor do Baião.

Em 2006 grava seu nono CD intitulado “CANTOS E CAUSOS DE GONZAGÃO”, em que Joquinha Gonzaga fala de três causos que presenciou nas viagens em que fez com seu Tio Lula, canta quatro músicas conhecidas de Gonzagão, músicas de sua autoria e de compositores conhecidos nacional e regionais.

Essa é a história de Joquinha Gonzaga, sempre defendendo a verdadeira música Nordestina e a cultura do seu Tio Gonzagão tocando sanfona e decantando as coisas do Sertão.

Fonte: www.last.fm

 

 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Processo de volta às aulas da rede estadual será discutido com toda a sociedade, diz Seduc

Fábio Guedes garante que modelo primará pela segurança da comunidade escolar; instituições receberão recursos para se adequarem aos protocolos

Seduc discutirá com a comunidade como se dará a volta às aulas. Foto: Tiago Henrique 
Texto de Ana Paula Lins

“Ainda não temos uma data fixa para a volta às atividades presenciais, mas o certo é que precisaremos dar início ao calendário escolar. O formato em que se dará esse retorno será o foco de um plano que será amplamente divulgado e discutido com todas as instâncias da comunidade escolar e com o governador Renan Filho”.

Com estas palavras, o secretário de Estado da Educação, Fábio Guedes, destacou que a retomada das atividades presenciais na rede estadual de ensino acontecerá de forma democrática, ouvindo toda a comunidade educacional e respeitando os protocolos sanitários de combate à Covid-19.

O anúncio foi feito em entrevista, na noite desta quinta-feira (11). Na ocasião, Guedes falou que as unidades já receberam recursos para aquisição de itens como álcool gel e tapetes sanitizantes e que, em breve, será lançado um programa que vai municiar as escolas com mais verbas para adequação aos protocolos sanitários.

“Nos próximos dias, o governador Renan Filho lançará este programa, que dará aos diretores condições de financiar gastos e garantir insumos que adequem as escolas às exigências sanitárias. Paralelamente, também está em trâmite um processo para contratação de empresa para realização de serviços de manutenção predial”, adiantou Guedes, informando ainda que o estado também aguarda verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE) para construção de novas escolas- dentre as quais, algumas indígenas-, retomada de obras de ginásios e aquisição de veículos para a frota de veículos.

Transporte - Em relação ao transporte escolar, Guedes frisou que, havendo o retorno das atividades presenciais, o grande desafio será a definição das rotas.

“Em Maceió, por exemplo, em virtude dos problemas da exploração da mineração nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, tivemos a migração de muitas famílias para outros bairros, em especial para a parte Alta. E isso nós sentimos durante a matrícula, quando muitas pessoas procuraram vagas nessa região, mas a oferta não atendia a demanda. Por isso, estamos formatando, em parceria com a Secretaria de Planejamento, um painel com todas as informações acerca da rede estadual, com base no Censo Escolar. A partir dessa plataforma, por exemplo, poderemos ver onde precisamos construir mais escolas, onde há mais demanda”, vislumbrou Guedes.

Diálogo- O secretário ressaltou que a pasta tem mantido diálogo com todas as instâncias educacionais na busca pela melhor formatação para o ano letivo 2021, a exemplo de órgãos de controle social e cumprimento das leis, como o Ministério Público, assim como instituições de classe, como Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal), com quem tem uma reunião prevista para o próximo dia 18.

“Neste momento, é importante firmarmos um contrato social, dialogarmos, unirmos forças e buscarmos soluções conjuntas para a Educação. A pandemia foi muito difícil para todos, laços entre escola e comunidade foram prejudicados e os professores foram guerreiros atuando remotamente”, destacou Guedes, adiantando ainda que o Governo de Alagoas já trabalha em uma minuta de portaria relacionada ao acesso a equipamentos e tecnologias de conexão para profissionais da educação e comunidade escolar.

Avanços - Por fim, o secretário pontuou os avanços alcançados na educação alagoana e registrados na edição 2019 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), onde a rede pública teve uma evolução de 7,54% nos anos iniciais do ensino fundamental, 13,33% nos anos finais da mesma modalidade e 8,33% no ensino médio em relação ao que foi alcançado no índice em 2017.

“Os professores foram os grandes responsáveis por este resultado e, vale ressaltar, neste grande concerto que é a educação, o papel dos municípios alagoanos: 94,1% deles atingiram as médias estipuladas pelo Ministério da Educação na rede pública, para os anos iniciais, o segundo melhor posicionado em todo o país, ficando atrás apenas do Ceará”, observou Guedes.

Fonte: www.agenciaalagoas.al.gov.br