João Januário
Maciel, “Joquinha Gonzaga ”, nascido em 01 de abril de 1952, no Rio de Janeiro,
filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João
Francisco Maciel.
No final da década de 1940, o
“Rei do Baião” LUIZ GONZAGA formou o primeiro núcleo Nordestino no Sul do país
trazendo sua família composta pelo seu pai Januário, sua mãe Santana, suas
irmãs Muniz, Geni, Socorro e Chiquinha Gonzaga e seus irmãos Aluízio, Zé
Gonzaga e Severino Gonzaga. Se instalaram em um Sítio em Santa Cruz da Serra,
em Duque de Caxias-RJ, mais conhecido como Sítio dos Gonzagas, onde eram
realizadas grandes festas como casamentos, batizados, aniversários, novenas,
etc., sempre com muitos convidados, músicas, comidas típicas nordestinas e a
presença de grandes artistas famosos como Maria Inês, Abdias, Trio Nordestino,
Dominguinhos entre outros. Foi neste meio que nasceu e cresceu JOQUINHA
GONZAGA, nome artístico dado por seu tio Gonzagão, que o presenteou com uma
sanfona de oito baixos (pé de Bode) quando ele tinha apenas 12 anos.
Após dois anos, reconhecendo o
talento do seu sobrinho, Gonzagão trocou os oito baixos por um Acordeon.
JOQUINHA começou sua escola
tocando em festas e forrós no Rio de Janeiro e, posteriormente, viajando por
todo o Nordeste acompanhando o REI DO BAIÃO como músico (sanfoneiro).
Joquinha Gonzaga com Seus Pais
Em 1986 JOQUINHA GONZAGA gravou o seu primeiro disco pela gravadora TOP TAPE,
intitulado FORRÓ CHEIRO E CHAMEGO. Em seguida, a convite de seu tio GONZAGÃO,
viajou numa turnê à EUROPA-FRANÇA e participou de muitos outros shows já como
artista convidado do Rei. A sua maior alegria foi receber o seu primeiro
Diploma, quando o REI declarou em público, registrando oficialmente, que
JOQUINHA seria o seguidor cultural da Família Gonzaga.
Em 1988 JOQUINHA foi convidado
a participar de uma faixa (Dá licença pra mais um) no disco “Aí Tem…” de Luiz
Gonzaga, música cuja letra realmente registra o fato:
SE É DE PAI PRA FILHO, DE FILHO
PARA PAI
DE SOBRINHO PRA TIO ALGUMA COISA SAI
ENTÃO VOU POR AÍ, POR ESSE MUNDO VOU
USANDO ESSA HERANÇA DO MEU TIO E DO VOVÔ…
Em 1989 Joquinha Gonzaga grava
seu segundo disco pela Copacabana interpretando músicas do seu Tio Luiz
Gonzaga. Foi quando o cantor despertou, assegurando o seu espaço artístico no
meio do público do Rei, principalmente no Nordeste e, ainda mais, no
sertão Pernambucano.
Em 1990 grava o LP “É SÓ
REMEXER”, ainda na Copacabana. Em virtude da perda irreparável do seu tio, o
Rei do Baião, em agosto de 1989, e, posteriormente, o súbito acidente que
vitimou o seu primo Gonzaguinha que, na época, organizava o Museu do Gonzagão,
no Parque Aza Branza em Exu-PE, e o acervo do “REI”, Joquinha Gonzaga, que era
o “braço direito” da família, junto ao seu irmão piloto, se transferiram, de
vez, da cidade do Rio de Janeiro para Exu com a finalidade de cuidar dos
interesses do seu tio e seu primo “Gonzagão e Gonzaguinha”, havendo, portanto,
um bloqueio temporário, a nível nacional, de sua carreira artística.
JoquinhaGonzagaDe 1990 a 1993
se dedicou aos shows regionais procurando manter as tradições do seu tio
Gonzagão, participando ativamente de grandes eventos como a “MISSA DO
VAQUEIRO”, em Serrita, e ajudando e coordenando a grande festa de 13 de dezembro,
aniversário do Rei do Baião, evento tradicional no Parque AZA BRANCA,
comemorado desde o Gonzagão em vida, no qual, todos os anos, apresentam-se
grandes artistas de expressão no cenário nacional como Raimundo Fagner,
Elba Ramalho, Tânia Alves, Dominguinhos, Alcimar Monteiro, Maria Inês,
Marinalda, Valdones, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga e Artistas da Região.
Ainda em 1993, Joquinha Gonzaga
grava o seu quarto LP, pela SOMARJ, com o título de “SOMBRINHO DE GONZAGÃO E
NETO DE JANUÁRIO”, sendo esse trabalho ainda executado a nível regional, porém
bem sucedido, intensificando seus shows e se tornando cada vez mais conhecido
nos estados do Ceará, Pernambuco, Sergipe e Bahia, principalmente nos festejos
juninos, que também eram o forte de seu Tio Gonzagão.
No início de 1996, Joquinha
Gonzaga recebe um convite-proposta de um grande forrozeiro, amigo e afilhado do
Rei do Baião, ALCIMAR MONTEIRO, que, como prova de amizade que tinha pelo Rei,
cria o selo INGAZEIRA e lança mais um LP e CD com o sobrinho do Gonzagão, numa
superprodução com título “RAIZ E TRADIÇÃO, trazendo algumas participações como
o próprio ALCIMAR MONTEIRO, JOÃOZINHO DO EXU e MAÍDA (cantora pernambucana).
Em 1997, Joquinha Gonzaga lança
seu sexto trabalho com a mesma produção anterior, ou seja, selo “INGAZEIRA
DISCO”, com a produção de Alcimar Monteiro, intitulado “CARA E CORAÇÃO”, com
músicas de compositores autênticos como João Silva, Dijesus, Alberto e do
próprio Joquinha Gonzaga, dando continuidade a cultura e a música de seu Tio
Gonzagão.
Nesse mesmo ano, Joquinha
Gonzaga participou cantando a música TACACÁ, do álbum duplo que Dominguinhos
fez com 22 artistas da MPB, onde cada um deles canta uma faixa com Dominguinhos
com músicas só de Luiz Gonzaga e entre eles participou FAGNER, GILBERTO GIL,
ELBA RAMALHO, CHICO BUARQUE, DANIEL GONZAGA (primo de Joquinha) e outros.
Joquinha Gonzaga em Nova YorkEm
1998 Joquinha Gonzaga participou da homenagem “TRIBUTO A LUIZ GONZAGA” em Nova
York, no LINCON CENTER FESTIVAL, junto com Oswaldinho do Acordeon e Daniel
Gonzaga, onde teve um público de 10 mil pessoas.
Em 2000 Joquinha Gonzaga grava
seu sétimo CD com uma produção independente intitulado de “MALA E CUIA” com a
participação especial de Daniel Gonzaga na faixa “Espelhos das Águas do
Itamaragy” , autoria de Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga, onde Daniel interpreta
muito bem e lembra a voz do seu pai Gonzaguinha. Tem a participação de João
Cláudio imitando muito bem a voz do Gonzagão.
Daniel Gonzaga, Joquinha
Gonzaga, João Cláudio e Pablo (filho de Joquinha) na gravação do CD "Mala
e Cuia"Em 2004 grava seu oitavo CD com a produção independente, intitulado
“SANFONEIRO DA SERRA DO ARARIPE”, em uma apresentação de seu Tio Gonzagão, em
1988, na Missa do Vaqueiro, em Serrita, Pernambuco, ele aproveitou e colocou na
primeira faixa uma gravação em que ele apresentou Joquinha Gonzaga como
herdeiro cultural da família, não pra ser Rei do Baião, mas pra ser um Seguidor
do Baião.
Em 2006 grava seu nono CD
intitulado “CANTOS E CAUSOS DE GONZAGÃO”, em que Joquinha Gonzaga fala de três
causos que presenciou nas viagens em que fez com seu Tio Lula, canta quatro
músicas conhecidas de Gonzagão, músicas de sua autoria e de compositores
conhecidos nacional e regionais.
Essa é a história de Joquinha
Gonzaga, sempre defendendo a verdadeira música Nordestina e a cultura do seu
Tio Gonzagão tocando sanfona e decantando as coisas do Sertão.
Fonte: www.last.fm
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