domingo, 19 de julho de 2020

Morre Dom Henrique Soares, bispo de Palmares, vítima da covid-19

(Dom Henrique Soares.   foto: Diocese de Palmares/divulgação) 

Dom Henrique estava desde o dia 4 de julho na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Memorial São José, no Recife (PE)

Faleceu na noite do último sábado (18/7) o bispo da Diocese de Palmares, dom Henrique Soares da Costa, 57 anos, em decorrência da Covid-19. Ele assumiu o posto há seis anos. Dom Henrique estava desde o dia 4 de julho na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Memorial São José, no Recife (PE). No último dia 16, ele apresentou dificuldade para respirar e queda na oxigenação sanguínea. Por causa do quadro delicado, o religioso precisou ser entubado.

 Dom Henrique Soares da Costa nasceu no dia 11 de abril de 1963 em Penedo, Alagoas. Aos 18 anos de idade ingressou no seminário de Maceiro e em 1984 concluiu o bacharelado em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). No período de 1985 a 1989 foi noviço no Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, e no mosteiro Trapista de Nossa Senhora do Novo Mundo. Regressou para o Seminário de Maceió em 1990, onde iniciou a faculdade de Teologia. No ano seguinte, foi para Roma e concluiu a Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, com mestrado em Teologia Dogmática.
 Em 1º de abril de 2009 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da arquidiocese de Aracaju. Foi ordenado bispo no dia 19 de junho de 2009, por dom Antônio Muniz Fernandes, arcebispo de Maceió. Seu lema episcopal era “In Christo Pascere” – “Apascentar em Cristo”.

 No dia 19 de março de 2014, o Papa Francisco o nomeou bispo da diocese de Palmares. No Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2), era presidente da Comissão Regional Pastoral para Cultura e Educação. 

Fonte: www.correiobraziliense.com.br


quinta-feira, 16 de julho de 2020

ANGELUS, por Papa Francisco

Papa Francisco

Amados irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje (cf. Mt 23, 1-12) ambienta-se nos últimos dias da vida de Jesus, em Jerusalém; dias cheios de expetativas e também de tensões. Por um lado Jesus dirige críticas severas aos escribas e aos fariseus, e por outro faz importantes recomendações aos cristãos de todos os tempos, e portanto também a nós.
Ele diz à multidão: «Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as». Isto significa que eles têm a autoridade para ensinar o que é conforme com a lei de Deus. Contudo, imediatamente a seguir, Jesus acrescenta: «mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem» (v. 2-3). Irmãos e irmãs, um defeito frequente em quantos têm uma autoridade, quer se trate de autoridade civil quer eclesiástica, é exigir dos outros coisas, mesmo justas, que contudo eles não praticam em primeira pessoa. Fazem vida dupla. Diz Jesus: «Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los» (v. 4). Esta atitude é uma má prática da autoridade, que ao contrário deveria haurir a sua primeira força, precisamente do bom exemplo. A autoridade nasce do bom exemplo, para ajudar os outros a praticar o que é justo e necessário, apoiando-os nas provações que se encontram no caminho do bem. A autoridade é uma ajuda, mas se for exercida mal, torna-se opressiva, não deixa crescer as pessoas, causa um clima de desconfiança e de hostilidade e leva também à corrupção.
Jesus denuncia abertamente alguns comportamentos negativos dos escribas e de alguns fariseus: «E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças» (vv. 6-7). Esta é uma tentação que corresponde à soberba humana e que nem sempre é fácil de vencer. Trata-se da atitude de viver só para a aparência.
Depois Jesus recomenda aos seus discípulos: «Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos [...] Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo» (vv. 8-11).
Nós, discípulos de Jesus, não devemos procurar títulos de honra, de autoridade ou de supremacia. E digo-vos que a mim pessoalmente me causa tanto sofrimento ver pessoas que vivem psicologicamente correndo atrás da vaidade das honorificências. Nós, discípulos de Jesus não devemos fazer isto, porque entre nós deve haver uma atitude simples e fraterna. Somos todos irmãos e não devemos de maneira alguma subjugar os outros e olhar para eles de cima para baixo. Não. Somos todos irmãos. Se recebemos qualidades do Pai celeste, devemos pô-las ao serviço dos irmãos, e não aproveitar delas para a nossa satisfação e interesse pessoal. Não nos devemos considerar superiores aos demais; a modéstia é essencial para uma existência que queira ser conforme com o ensinamento de Jesus, o qual é manso e humilde de coração e não veio para ser servido mas para servir.
A Virgem Maria, «humilde e alta mais que criatura» (Dante, Paraíso, XXXIII, 2), nos ajude, com a sua materna intercessão, a evitar o orgulho e a vaidade, e a ser mansos e dóceis ao amor que vem de Deus, para o serviço dos nossos irmãos e para a sua alegria, que será também a nossa.
Fonte: www.vatican.va

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Ciclone bomba no sul demonstra falta de preparo do País

Por João Lara Mesquita  * 7 de julho de 2020

Um rastro de mortes e destruição foi a consequência de mais um evento extremo, previstos desde a década de 80 mas não levados a sério no País de Macunaíma. O que aconteceu especialmente em Santa Catarina, mas também nos outros Estados do sul, é algo que vai se tornar rotina. Cada vez com maior intensidade e frequência. Mario Quadro, coordenador do curso de mestrado em Clima e Ambiente do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), declarou sobre o ciclone bomba:
Os estudos têm registrado aumento de frequência desses eventos no Sul. E já era algo previsto. Estudos dos anos 1980 previam esses eventos para essa época. Hoje isso já tem se tornado normal
Chapecó. Imagem da prefeitura.

Ciclone bomba no sul demonstra falta de preparo do País

A ciência, em consequência os alertas da academia, nunca foi levada muito a sério no Brasil. Mas depois que a atual administração assumiu, piorou. A ciência passou a ser demonizada, e o presidente ungiu um ministro do Meio Ambiente  que não acredita no aquecimento global. Resultado? Mortes, e prejuízos à economia.
O geólogo Juarês Aumond, doutor em Engenharia Civil e professor da pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau (Furb), confirma:
Tudo está conectado com tudo e nada está inteiramente isolado. E as mudanças climáticas e seus efeitos constituem grandes desafios da contemporaneidade
Quem é um doutor em Engenharia Civil pra fazer tal afirmação, ou um coordenador de curso de mestrado em Clima?

Ciclone bomba e eventos extremos

Em 2016 este site publicou o post Eventos extremos: litoral e economia onde repercutíamos um dos muitos estudos a respeito, no caso, ‘Valorando tempestades- Custo econômico dos eventos climáticos extremos no Brasil nos anos de 2002- 2012, produzido pelo Instituto de Economia da UFRJ.
Os resultados para a perda total no período 2002-2012 oscilam entre R$ 180 bilhões (estimativa usando o coeficiente R$/Desabrigado), R$ 300 bilhões (coeficiente R$/Desalojado) e R$ 355 bilhões (coeficiente R$/Afetado), com valor médio de R$ 278 bilhões.
Prejuízos, onde? Imagem brigada Militar.

Mas o que representa R$ 180 bi para um País abençoado por Deus e feliz por sua inconsequência? Que respondam Jair Bolsonaro e sua marionete do MMA… Pela ciência o professor Juarês Aumond falou:
O mar está propício para retomar sua posse gradativamente nos próximos anos, gerando riscos para a população. Futuramente, essas regiões sofrerão com o aumento do nível do mar, haverá um grande número de desabrigados e desastres

Resultados da tragédia no sul do Brasil

Nove mortes, mais de 100 cidades atingidas, casas destelhadas e muita gente desabrigada. Foi o maior dano na rede elétrica de Santa Catarina, com mais de 1,5 milhão de pessoas às escuras. E isso só em um Estado. Santa Catarina decretou estado de calamidade pública.
Só em Santa Catarina o governo do Estado prevê R$ 277 milhões em prejuízos. Imagem, divulgação.   

Ricardo Salles defende que houve descaso com os centros urbanos

Ricardo Salles, o ministro que não acredita no aquecimento global e desconhece os biomas brasileiros, talvez para proteger sua desinformação defendeu desde o início de sua gestão que ‘houve descaso com os centros urbanos’. É verdade. Poderíamos ter avançado.
Em entrevista ao Correio Braziliense em 2019, disse:  “Ninguém se preocupou em cuidar do saneamento, ninguém se preocupou em cuidar do lixo, ninguém se preocupou em avançar na qualidade do ar. Por quê? Porque são temas que têm muito menos charme, não tem funding internacional para ficar fazendo seminários e viagens.”
Salles propôs a ‘agenda de qualidade ambiental urbana’. Pois aí está Santa Catarina provando a eficiência da ‘agenda de qualidade ambiental urbana’.
Passados um ano e meio, tudo que a atual gestão conseguiu foi a aprovação do novo marco do saneamento básico que, ao contrário do que disse, ‘ninguém se preocupou com o saneamento’, começou no governo Temer. Prosseguiu, e foi aprovado no de Bolsonaro. Mérito ele teve, mas o projeto não é dele; é da sociedade, e começou com Temer.
Estragos nas despreparadas cidades brasileiras. Imagem, https://www.maispajeu.com.br/. 
 
Quanto ao resto, a qualidade do ar melhorou porque a pandemia freou a indústria e a locomoção. Mas as queimadas na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, que correm livres, leves e soltas, cuidaram de corrompe-la novamente. Apesar da pandemia, o Brasil não conseguirá atingir as metas de diminuição de emissões de CO2 este ano.

Programa Nacional para Conservação da Linha de Costa – Procosta

Elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, e aprovado pela PORTARIA Nº 76, de 2018, em vigor quando Salles assumiu. Sobre este plano, o site do MMA escreveu à época:  “Diante das mudanças climáticas e aumento de eventos extremos nas cidades costeiras, o mapeamento de riscos e vulnerabilidades precisa ser  inserido no planejamento e no orçamento da União, Estados e Municípios.”
Hora de desengavetar o ProCosta? Imagem, https://noticias.r7.com/.  
 
Foi engavetado por Salles sem nada ser colocado no lugar.

Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA), que poderia mitigar o ciclone bomba

Era outro plano do Ministério do Meio Ambiente, criado (atrasado) em maio de 2016. Sobre ele disse o site do MMA: (este) ‘instrumento elaborado pelo governo federal em colaboração com a sociedade civil, setor privado e governos estaduais que tem como objetivo promover a redução da vulnerabilidade nacional à mudança do clima e realizar uma gestão do risco associada a esse fenômeno’.
Mais uma vez sem alternativa, foi engavetado pelo ministro que nega o aquecimento.

Um relato deste escriba

Quis o destino que eu me encontrasse em Santa Mônica, na Califórnia, em julho de 2018. Numa tarde, deitado na cama do hotel com meus dois filhos no mesmo quarto,  senti minha cama ganhar vida e ‘cavalgar’ pelo ambiente. Assustado, percebi que todo o quarto se mexia. Paralisado, sentidos atentos, pensava no que fazer quando olhei para meu caçula que encerrava um tempo de estudo na cidade.
Para espanto do pai, pulou da cama sorrindo e ‘curtindo’ mais um terremoto. E foi correndo pra sacada fotografar a experiência ‘divertida’, corriqueira para ele… Poucos minutos depois, soubemos pela mídia que aquele fora o terremoto mais forte em 20 anos, atingindo 7.1 na escala Richter.
Não ruiu um prédio sequer. Incêndios, localizados e poucos. E nenhuma morte. Simplesmente porque seus agentes políticos há muito preparam a cidade para o que sabem que ali acontece. Enquanto isso, nos trópicos…
Com ciclones bomba devastadores, assim seguimos nós, inconsequentes mas felizes. E assolados por ‘gripezinha’ que cisma em infectar milhões, matar milhares, e contaminar até mesmo quem dela faz troça.
Imagem de abertura: https://canaltech.com.br/
Fontes: https://ocp.news/geral/elevacao-do-nivel-do-mar-pode-provocar-desaparecimento-de-cidades-em-sc; https://www.nsctotal.com.br/noticias/ciclone-em-sc-eventos-extremos-devem-ser-mais-comuns-e-intensos-dizem-especialistas; https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/07/11/interna-brasil,769857/em-entrevista-ricardo-salles-afirma-que-houve-descaso-com-as-cidade.shtml.
Barbatanas de tubarão: procura ameaça a espécie

Comentários:
·  A Mãe natureza que é Boníssima com o Homem e o mesmo não se pode falar do Homem destrutivo com a Natureza , esta mandando recados cd vez mais forte pelo Mundo Afora que ela esta perdendo a Paciência
·  Tetsuo Shimura 8 de julho de 2020 at 8:56
Quem estiver na melhor idade irá se recordar que no Brasil já houveram construtores sem graduação em engenharia, não pagavam CREA, sindicatos e outros penduricalhos de apenas aparências legais. Em São Paulo muitos conhecem o edifício Matinelli, Mackenzie (shopping do Viaduto do Chá), Teatro Municipalm a própria Prefeitura de SP e por que não o museu histórico do Ipiranga e muitos outros espalhados pelo Brasil afora domo o Teatro de Manaus. Todos os edifícios foram construídos por HOMENS que honravam suas calças, vergonhas e educação de família; no BRASIL os valores morais foram se diluindo como refrigerantes baratos que para render mais se acrescentam mais e mais água isto quando não usarem águas de origens duvidosas como no caso do prédio de bom padrão no Rio de Janeiro, que desabou por usarem areias das praias e talvez água do mar.

As construções atuais que se veem nos noticiários e danificadas por qualquer chuvinha tem tudo a ver com os CÓDIGOS DE CONDUTAS E CONSTRUÇÕES emitidas pelas Prefeituras de maneiras coniventes com os detentores de capitais para a área e como dizia a propaganda de loja cujo proprietário e seus familiares foram presos hoje, (08/07/2020) RICARDO ELETRO, preço é tudo, mas em tudo que se fabrica neste país deve custar baixo para ganhar em muito então as partes e peças jamais passariam em institutos de avaliações e neste caso, que sejam do exterior para que os propinodutos não alterem os laudos.
Enfim é matéria para semanas ou por que não para anos, mas eu rogo para que um dia a singela vergonha volte a frequentar nas cabeças dos brasileiros e jé seria um progresso fantástico.
FALTA DE PREPARO???? FALTAM ESCOLAS DESDE O MATERNAL, SEM O QUE QUEREM PREPARAR O QUÊ??? PIZZAS???

Fonte: www.marsemfim.com.br/