terça-feira, 24 de outubro de 2017

Lincoln Penna lançou biografia de Floriano Peixoto

Governo de Alagoas provoca mergulho nas raízes históricas do Estado em mais uma ação na agenda dos 200 anos
Livro “Floriano, a encarnação da República’, é uma biografia do segundo presidente da República, nascido em Ipioca e consagrado com uma vida política memorável.  (Fotos: André Palmeira)
Texto de Julianne Leão
Dentro das comemorações do bicentenário de emancipação política de Alagoas, o Memorial à República  recebeu a presença ilustre de Lincoln Penna, na noite de quinta-feira (19). O historiador e professor de História é também bisneto de Floriano Peixoto e fez questão de realizar o lançamento de seu livro na Terra dos Marechais. Intitulado ‘Floriano, a encarnação da República’, a obra é uma biografia do segundo presidente da República, nascido em Ipioca e consagrado com uma vida política memorável.

O secretário de Estado do Gabinete Civil, Fábio Farias, frisou a bravura, determinação e coerência que Floriano Peixoto teve durante sua carreira política. "Ter essa figura histórica em meio as comemorações do bicentenário alagoano é, sem dúvidas, um marco cultural de resgate às raízes de nossa história", comemorou Farias.

Conforme o autor da biografia, o diferencial da obra para tantas outras sobre Floriano Peixoto é que essa edição tem um quê de originalidade. "Eu trago ricos detalhes, dados e memórias familiares", comenta Penna.

Durante a solenidade de lançamento, Jorge Peixoto foi um dos visitantes que tirou uma dúvida pessoal que carregava consigo. "No último dia de sua presidência da República, Floriano Peixoto realmente desceu as escadarias, pegou um bonde e foi para casa?", questionou o ouvinte.

A resposta dada pelo bisneto do Floriano Peixoto foi positiva. "Floriano costumava utilizar os transportes públicos diariamente. E ele tratava isso com muita naturalidade", revelou Lincoln Penna.

Essas e outras particularidades de Floriano poderão ser conferidas no livro, que já circula em grandes livrarias brasileiras. Penna, no entanto, fez questão de deixar alguns exemplares para serem distribuídos em escolas e bibliotecas públicas de Alagoas.

"Espero que os alagoanos leiam a história, que foi contada por mim com muito carinho, e conheçam um pouco mais desse alagoano que ajudou a construir a história do Brasil", finalizou Lincoln Penna.

Fonte: www.agenciaalagoas.al.gov.br


domingo, 22 de outubro de 2017

CINEMA PARADISO E A BELEZA DA SÉTIMA ARTE, DO BEIJO E DA AMIZADE


Alfredo e Totó, o operador do cinema e o aprendiz
Um filme encantador, de Giuseppe Tornatore, que conta não só um pouco da história de amizade entre um garoto curioso e esperto e um projecionista com mais de 40 anos, mas da beleza e encanto do cinema. O filme é uma obra prima de 1988 e colecionou vários prêmios, dentre eles o Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1990; o Globo de ouro e o Festival de Cannes.

Em Giancaldo, pequena cidade da Sicília, antes da chegada da televisão, Totó (Salvatore Cascio) se encanta pelo cinema local - o "Cinema Paradiso" e ali inicia uma divertida e bela amizade com Alfredo (Philippe Noiret), único projecionista do cinema. Curioso, Totó adora observar o trabalho do projecionista e desde então não esconde interesse em aprender todo o processo da projeção. Mesmo cansado da teimosia e persistência do menino, Alfredo, enfim, explica seu trabalho na prática, mas deseja e aconselha que o garoto busque uma profissão melhor.
Alfredo o operador cego e Totó, novo operador
Já adolescente, Totó (Marco Leonardi), un bel ragazzo, vive o seu primeiro (e único) amor, com a linda Elena. O namoro não prossegue, mas Totó não a esquece e, já adulto e maduro (Jacques Perrin),passa a ter apenas mulheres em sua vida, mas não um amor como o de Elena.

Cinema Paradiso é um beijo no coração dos apaixonados por cinema, é a "sensação de paraíso" que a sétima arte nos proporciona por alguns instantes. E ainda tem a canção maravilhosa do grande maestro e compositor italiano Ennio Morricone, que fica levemente presa na memória, por longos dias depois de ver o filme.pelo Padre da Igreja onde ele foi Coroinha). É o presente de Alfredo para o seu amigo

Acrescentando o texto: Era um época maravilhosa onde o cinema era tratado como divertimento e reunião entre a comunidade em todo interior do Brasil. A exemplo do filme:  em Anadia – Alagoas, confirmando o conteúdo do filme, a maioria das pessoa levavam cadeira para assistir ao filme.O filme mexicano Direito de Nascer, produzido pela Pel-Mex, com Pedro Armendariz, foi um sucesso estrondoso, e alguma pessoas assistiam sessões consecutivas. 

Os filmes de Faroeste, Piratas, Comédias com Oscarito e Grande Otelo e Seriados eram aceitos e serviam de comentários durante uma semana. Cinema Paradiso, retrata tudo que aconteceu com muita fidelidade.



Enfim, graças o cineasta italiano Giuseppe Tornatore  que teve a capacidade e sensibilidade  de nos proporcionar momento de encanto e beleza. Giuseppe, merece uma estátua e reconhecimento por todos aqueles que amam o cinema. Hoje, agregaram as sessões de cinema com pipoca e Coca Cola, filmes violentos, tornando o ambiente poluido e insuportável. Tempos modernos !

Fonte: www.lounge.obviousmag.org

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Carnaval de Juvenal Lopes

Estamos  postando novamente este LP  “O Carnaval de Juvenal Lopes”, forrozeiro autor de grandes sucessos que marcou a história do forró pé de serra e que teve suas músicas gravadas por artistas como Clemilda, Gerson Filho, Mestre Zinho, Marinês, Zetinha, além de vários outros forrozeiros autênticos Brasil afora.
Juvenal Lopes reúne neste LP um repertório com 12 composições, todas de sua autoridas quais duas são em parceria com Alves Damasceno e uma com Juca Santos. Em “O Carnaval de Juvenal Lopes” voce vai encontrar composições como “Saudoso Carnaval” na qual Juvenal já relembra a tradição das comemorações na Rua do Comércio, da serpentina e da lança perfume e de figuras como Rubens Camelo, Ricardo Santa Rita, Mario Braga e Major Bonifácio entre outras figuras que verdadeiramente fazia o carnaval da outrora Maceió que Juvenal nos rememora e que hoje já não existe.
Juvenal era uma figura do povo, um artista que cantou seu povo e sua gente como poucos, seja compondo, maxixe, samba, forró, baião, coco, frevo, marchinhas, um tinha um talento digno dos grandes mestres da MPB e conhecia perfeitamente cada gênero, além de rancheiras (argentina) que imperava a sua época, além do folclore alagoano. Juvenal era um boêmio daqueles que hoje basicamente não existe mais, com ele não existia tristeza como em “Vilma Meu Amor” que ele manda essa tristeza embora, pois é carnaval.
Todas as faixas são excelente mas contudo vale também ressaltar a faixa “O Direito da Mulher” que a época já criticava a postura machista que não respeitava o direito da mulher e que estranhamente hoje ainda é agredida , tratada pejorativa pelos compositores e bandas disto que chamo de ultraje de forró, que é cantado pelas bancas do chamado forró eletrônico, sem que haja uma manifestação do movimento feminista nordestino e brasileiro.
Infelizmente, hoje Juvenal Lopes nos faz muita falta, pois não tenho dúvida que se vivo estivesse estaria junto a nós defendo o forró, o frevo, o samba e todas as manifestações verdadeiramente brasileira.
Por José Lessa, Presidente da Associação dos Forrozeiros de Alagoas

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Mutum-de-Alagoas: o regresso de um nordestino

Mutum-de-Alagoas. Foto: Anderson Stevens /Folha de Pernambuco
Espécie rara foi reintroduzida na Mata Atlântica alagoana. Com o retorno, o bioma também é contemplado
Se a destruição de uma espécie pode ocorrer em pouquíssimo tempo devido à caça e ao desmatamento, o mesmo não se pode dizer da reversão desse quadro. Reintroduzir um animal em seu habitat é um trabalho que leva décadas e cujo resultado completo, provavelmente, só poderá ser testemunhado pelos discípulos de seus idealizadores, por futuras gerações. É como uma ferida que demora a cicatrizar, mas que, a cada sinal de recuperação, mobiliza e inspira. Assim tem sido com o mutum-de-alagoas (Pauxi mitu).
Quarenta anos após seu último registro no estado que lhe empresta o nome, a ave está de volta ao Nordeste. A reinserção em seu ambiente de origem está ocorrendo em uma área de meio hectare cedida pela Usina Utinga Leão, em Rio Largo (AL). A empresa integra o Grupo EQM, do qual também faz parte a Folha de Pernambuco.

A ave é a única no Brasil, junto com a ararinha-azul, a existir somente em cativeiro. Desde 2001, está oficialmente extinta na natureza. Estima-se que existam somente 320 exemplares em viveiros, o que faz desse um animal raríssimo. Tão raro que muitos brasileiros mais novos nunca ouviram falar dele.

O mutum tem o nome de Alagoas por ser endêmico de lá, ou seja, só ocorre naquela região. Sua ausência por tanto tempo tem custado caro à Mata Atlântica, já que, por ser considerada de médio porte, a ave consegue carregar sementes maiores, o que ajuda a dispersá-las e garantir a reprodução de algumas espécies de vegetais. Até mesmo a cadeia alimentar de seus predadores, como gaviões e outras aves de rapina, também ficou comprometida. Seu retorno ao habitat é visto como uma chance de recomeço não só para o mutum, mas para os elos que, outrora, sustentou.

Até a chegada a Rio Largo, na última segunda-feira, os espécimes que sobreviveram à devastação tiveram uma série de desafios a enfrentar. Quase desapareceram para sempre, mesmo depois de protegidos, devido à dificuldade de reverter o processo pelo qual passavam. Nos anos 70, apenas três chegaram vivos a Minas Gerais pelas mãos do ornitólogo Pedro Nardelli, que os resgatou em Roteiro (AL). Só mais uma espécie no mundo inteiro, a de um gavião que ocorre nas Ilhas Seychelles, na África, havia conseguido se reproduzir e escapar da ex-tinção a partir de menos de cinco indivíduos vivos. Com o mutum-de-alagoas, houve até um impasse genético, já que nem todos eram considerados “puros” por terem passado por miscigenações.

Apesar do longo período das aves em criatórios, o próprio Nardelli e o presidente do Instituto pela Preservação da Mata Atlântica (IPMA), Fernando Pinto, sempre alimentaram o sonho de levá-las a seu estado natal, o que está se tornando realidade. Em Rio Largo, já há um macho e uma fêmea de quatro anos na área cedida pela usina, mais precisamente onde foi construído o Centro de Educação Ambiental Pedro Nardelli.

A ideia é transportar para o local mais três casais nos próximos seis meses e, em um segundo momento, não deixar as aves em um viveiro, como estão agora, mas, sim, soltas na natureza, avançando no programa de reintrodução. “Vejo esse momento como um símbolo, como um marco. O mutum está aí, vivo, salvo, pronto para ser conhecido pelas pessoas”, declara Nardelli, após relatar seu feito de salvação da espécie na década de 1970.

Fernando Pinto, do IPMA, diz que conhecer é o primeiro passo para preservar. O instituto foi fundado há 21 anos com a participação da Utinga Leão e de outras usinas e ficará responsável pela área do novo centro que foi erguido. “Trazer o mutum-de-alagoas para cá foi um longo processo e que ainda terá muitas etapas pela frente. Nesse momento, colocá-lo diante das pessoas é trabalhar a educação ambiental, é fazer com que os alagoanos e os brasileiros o abracem. Sem dúvida, é um exemplo inspirador até para que outras espécies tenham a mesma oportunidade”, explica.

Celebração
O retorno do mutum à Mata Atlântica foi celebrado em solenidade realizada, na última sexta-feira, na Usina Utinga Leão. Prestigiado por 200 convidados, o evento teve a presença do presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, do diretor adjunto operacional da usina, Eduardo Cunha, do governador de Alagoas, Renan Filho, e de prefeitos, empresários, ambientalistas e representantes do Ministério Público Estadual e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Na ocasião, Monteiro oficializou um convênio de comodato com o IPMA, renovando por mais 20 anos a cessão da área da usina em que o instituto tem instalações, o que assegura a continuidade dos trabalhos de preservação e educação ambiental. Já Renan Filho assinou um decreto instituindo a ave como símbolo do estado. O ato integrou as comemorações dos 200 anos de emancipação política de Alagoas.
 
O presidente do Grupo EQM defendeu a conservação do meio ambiente como visão de futuro. “É muito gratificante uma usina centenária ter o privilégio de testemunhar um ato de largo alcance, que expressa a capacidade de resistência de uma ave que, a despeito de todas as agressões que sofreu, volta ao solo desse estado”, afirmou, emocionado. “O exemplo que vemos hoje aqui mostra como a atividade econômica e o meio ambiente podem andar juntos. Investir em meio ambiente é um ato de empreendedorismo”, completou Eduardo Monteiro.

O governador Renan Filho destacou a iniciativa do Grupo EQM e também o trabalho de Pedro Nardelli e Fernando Pinto, bastante aclamados na solenidade. “Houve ciência, houve preservação ambiental, mas o que salvou essa ave foi o amor dessas pessoas”, declarou, acrescentando que, agora, o Batalhão Ambiental da Polícia Militar terá a responsabilidade de trabalhar a proteção das aves que forem reintroduzidas à natureza.
Para isso, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas vem fazendo o mapeamento das áreas da Mata do Cedro onde o mutum pode ser solto.

A partir disso, serão desenvolvidos trabalhos com comunidades do entorno para prevenir a caça a essa espécie, que é vulnerável por passar a maior parte do tempo no solo, ciscando. “Temos ciência que não adianta conscientizar pessoas de um município e não chegar até outros. Demos um passo importante. O desafio é manter o mutum-de-alagoas a salvo”, enfatizou Fernando Pinto.
Por: Luiz Filipe Freire, da Folha de Pernambuco
Fonte: www.folhape.com.br


Secult apresenta novidades sobre mecanismo de Incentivo à Cultura em AL

Reunião acontece hoje (10), no Museu da Imagem e do Som de Alagoas, em Maceió
Secult apresentará  hoje (10) à comunidade cultural os novos procedimentos de Incentivo à Cultura.   Divulgação
Texto de Daniel Borges
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) promove hoje (10), às 18h30, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), reunião com a comunidade cultural para repasse dos novos procedimentos de Incentivo à Cultura.

Na ocasião, será apresentado o trâmite do Instrumento de Incentivo, discutida no Encontro Municipalista, em Maragogi, e com a comunidade cultural em Maceió, em agosto deste ano.

A proposta do mecanismo dispõe sobre a concessão de incentivo fiscal com o objetivo de estimular as produções culturais, apoiar, valorizar e difundir o conjunto de manifestações, contribuindo para facilitar o acesso às fontes de recurso.  Este mecanismo possibilitará que empresas apliquem parte dos impostos em ações culturais.

"Estamos construindo um caminho participativo onde a Cultura é geradora de renda para a sociedade e para o Estado. Nosso objetivo é mais uma vez dar ciência à comunidade cultural das etapas vencidas e as que ainda estão por vir”, destacou a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas.


Fonte: www.agenciaalagoas.al.gov.br